O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nessa sexta-feira o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os produtos finais e serviços – brasileiro. Santa Cruz do Sul teve evidenciada em sua economia a relevância da exportação, que apresentou variações em 2019/2020. Continua entre os melhores do País, ficando na 152ª posição no contexto dos 5,5 mil municípios.
O bom desempenho do Rio Grande do Sul, saindo de uma variação negativa de 7,2% em 2020 para positiva de 9,3% em 2021, fez com que a participação percentual na economia gaúcha representasse uma redução de 0,54 ponto para Santa Cruz. Em relação a 2020, o município do Vale do Rio Pardo deixou a lista das dez maiores economias, passando do quinto para o 11º lugar.
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Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, em razão de Santa Cruz possuir uma economia descolada do desempenho do restante do Estado, acaba tendo alterações pontuais em função de embarques antecipados ou postergados na cadeia do tabaco. “Frequentemente ocorre, em períodos de fortes recuos do PIB gaúcho, de avançarmos no ranking estadual”, acrescenta.
Os números apresentados pelo IBGE comprovam o que o secretário diz. O setor que mais teve variação foi o industrial, o que deve ser equilibrado nas divulgações dos próximos anos, de acordo com a normalização da exportação do tabaco. Essa é a percepção do mercado, já que o restante do setor produtivo do Estado é muito voltado para o consumo interno, que foi prejudicado durante a pandemia, enquanto o tabaco continuou a vender. Isso representou uma maior participação santa-cruzense na economia gaúcha à época.
“Os altos e baixos da economia gaúcha, muito sensível às questões climáticas e aos ‘vôos de galinha’ da economia brasileira, produzem mudanças sensíveis no ranking”, aponta Cechinato. Ele recorda que, desde 2012, o município tem aparecido entre 5º e 11º no ranking estadual, conquistando as melhores posições quando há alguma dificuldade nos números de algum dos setores em que o Estado se destaca.
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A definição do PIB é feita pelo IBGE com base nos números de dois anos atrás. Assim, em 2023 são considerados os dados de 2021. Para isso, leva-se em conta as informações de setores como agropecuária, indústria, serviços, administração pública e geração de renda por meio de impostos.
Em termos gerais, Santa Cruz teve uma redução, mas pelo menos em uma das áreas verificadas o crescimento foi expressivo. A agropecuária teve incremento de R$ 146,9 milhões para R$ 244,59 milhões de 2020 para 2021, respectivamente.
A indústria apontou decréscimo, mas dentro do que se poderia projetar em função da exportação de tabaco, que teve parte retida em um ano e foi ampliada no período seguinte, elevando os números de 2020. Assim, em 2021, que é o período divulgado agora, o que se vê é algo mais próximo da realidade local. Também por segmento, pelo segundo ano seguido, Alegrete teve a maior participação do agro no Valor Adicionado Bruto (VAB), que é o PIB menos os impostos. Assim como Santa Cruz, colaborou para o Rio Grande do Sul chegar a R$ 1,13 bilhão de VAB.
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A indústria mantém a liderança de Caxias do Sul, enquanto os serviços tiveram maior representatividade na Capital, com 20,52%. Na somatória geral, no entanto, Porto Alegre teve a maior queda na participação no Estado, com diminuição de 2,1 pontos percentuais.
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