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Santa Cruz e Vera Cruz superam a taxa média de pessoas alfabetizadas no RS

Os municípios de Santa Cruz do Sul e de Vera Cruz são os únicos entre os 28 do Vale do Rio Pardo com taxa de alfabetização superior à média do Rio Grande do Sul, de 96,89% entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. As informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também mostram que os menores índices estão na faixa da população com 75 anos ou mais.

As taxas mais altas de alfabetização na região são de Santa Cruz do Sul (97,75%), Vera Cruz (96,94%), Mato Leitão (96,67%), Venâncio Aires (96,35%) e Passo do Sobrado (96,04%). Já os menores índices aparecem em Lagoão (83,64%), Tunas (85,05%), Barros Cassal (88,43%), Cerro Branco (90,5%) e Passa Sete (91,18%).

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No comparativo por faixa de idade, os menores índices de alfabetização estão entre a população com 75 anos ou mais nos municípios de Arroio do Tigre, Cerro Branco, Gamado Xavier, Herveiras e Vera Cruz. Em todos os demais, as taxas mais baixas ficam no segmento com 80 anos ou mais.

Região Sul do País se destaca com os melhores indicadores

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização no País, com aumento de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022. A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

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O tema é investigado desde o primeiro Censo do país, em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44%) era alfabetizada. Em 2022, os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas de analfabetismo (1,5%) e o de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%). “Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.

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Porém o grupo de idosos teve a maior queda em duas décadas, passando de 38% em 2000 para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 pontos percentuais (queda de -46,7%). “A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas”, diz a analista da pesquisa.

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As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais do dobro da taxa dos brancos (4,3%). Para cor ou raça indígena (16,1%), é quase quatro vezes maior. A distância entre a população branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010 (8,5%; 7%; e 17,4%), caindo para 5,8%; 4,5%; e 11,7% em 2022. A vantagem da população branca ocorre em todos os grupos etários.

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Os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500.000 habitantes (3,2%). Apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022, a taxa de alfabetização da região Nordeste permaneceu a mais baixa. Sul e Sudeste têm taxas de alfabetização acima de 96%. A taxa de analfabetismo do Nordeste (14,2%) permanece o dobro da média nacional (7%).

Por unidade da federação, as maiores taxas de alfabetização foram registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), e as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (com 82,8%). Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo.

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Na faixa de até 10 mil habitantes, os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2%).

Menores versus maiores

A taxa de analfabetismo foi abaixo da média nacional somente nos municípios acima de 100 mil habitantes no País. Os 1.366 municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais (13,6%). Essa taxa é mais de quatro vezes maior do que aquela calculada para os 41 municípios cuja população era acima de 500.000 habitantes (3,2%). “A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores, como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”, ressalta Betina Fresneda.

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