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Santa Cruz é a 22ª no ranking de qualidade de vida para os idosos

Santa Cruz do Sul está em 22º lugar no ranking de grandes cidades com preparo satisfatório para a longevidade. Os dados fazem parte da segunda edição do Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), realizada pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e divulgada em outubro. Seu objetivo é apontar de forma clara e objetiva os pontos positivos e negativos dessas cidades, para que os gestores possam pensar em ações efetivas que promovam o aumento da longevidade com qualidade de vida.

De acordo com o estudo, Santa Cruz é a segunda cidade no Estado com melhores condições de vida para idosos, atrás apenas de Porto Alegre, que está na 3ª posição no País, e na frente de Santa Maria, que hoje ocupa o 34º lugar no ranking das cidades brasileiras com maior número de habitantes. O IDL 2020 considera sete variáveis, contendo 50 indicadores de nível municipal: cuidados de saúde; bemestar; finanças; habitação; cultura e engajamento, educação e trabalho.

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A pesquisa avaliou 876 cidades, sendo 280 maiores e 596 menores, e elaborou um ranking para cada grupo. O gerente institucional do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Antônio Leitão, esclarece que o estudo utiliza a metodologia da Fundação Getúlio Vargas. “Os dados foram recolhidos nos últimos anos nas próprias cidades por meio do IBGE, do SUS e de outros sistemas. Na área da saúde, por exemplo, pegamos os números de leitos e de profissionais da saúde e formamos uma pontuação baseada na metodologia da Fundação Getúlio Vargas, aplicada por um profissional deles.”

Pelo estudo, em uma escala de zero a 100, o desempenho de Santa Cruz em habitação ficou em 87,6; bem-estar, 49,3; cultura e engajamento, 31,9; educação e trabalho, 91,1. Já a pontuação das finanças ficou em 39,0, e os indicadores gerais em 80,9. Santa Cruz não participou da primeira edição da pesquisa do IDL, realizada em 2017. Desta forma, não há uma comparação evolutiva da cidade.

Na classificação geral do IDL 2020, em 1º lugar nas grandes cidades brasileiras está o município de São Caetano do Sul (SP), estreante na lista, como a mais bem preparada para se viver mais e melhor. Já em último ficou São Félix do Xingu (PA). No grupo das menores, a 1ª colocada no país é Adamantina (SP). O último lugar coube a Buriticupu (MA). Na região do Vale do Rio Pardo, três municípios também foram classificados no IDL das cidades pequenas: Venâncio Aires (111º lugar no Brasil), Cachoeira do Sul (121º lugar) e Rio Pardo (215º lugar).

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Alternativas saudáveis para manter a vitalidade

A enfermeira aposentada Nelsinda Verônica da Rocha, 87 anos, é um exemplo de longevidade. Moradora da Rua Pará, no Bbairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul, ela busca alternativas saudáveis para vencer a idade e manter a vitalidade. Nelsinda, que já trabalhou em hospitais como o da Santa Casa e o Conceição, ambos em Porto Alegre, após se aposentar atuou por 15 anos na Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae).

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Atualmente ela é ministra da comunidade Nossa Senhora Imaculada. Ressalta que antes da pandemia fazia hidroginástica na Unisc e outros exercícios. “Eu sempre fui muito independente. Parei de fazer os exercícios por causa da pandemia, mas mantenho meus hábitos alimentares saudáveis. Há anos não como mais carne e não deixo faltar frutas e verduras aqui em casa”, conta. “O ritmo não é mais o mesmo, mas sempre que posso busco fazer um trabalho voluntário, pois gosto muito de ajudar os outros e isso me fortalece.”

Sobre os pontos positivos que Santa Cruz oferece aos idosos, ela cita o projeto de Ações para o Envelhecimento com Qualidade de Vida, realizado pela Unisc, com hidroginástica e outras atividades. Além disso, destaca a importância das feiras rurais. “Temos a possibilidade de adquirir alimentos direto dos produtores e sem agrotóxicos, além da variedade muito grande. Isso é um ponto positivo.” Sobre os fatores que precisam ser melhorados, a aposentada lembra da questão da acessibilidade. “Temos muitas calçadas aqui no bairro e no Centro em condições precárias. Para um idoso cair e se machucar é muito fácil”, afirma.

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Nelsinda Verônica da Rocha, de 87 anos, sempre busca atividades que lhe dão prazer | Foto: Rosibel Fagundes

DESTAQUES

IDL das dez melhores cidades grandes no Sul
3º – Porto Alegre
5° – Florianópolis/SC
12° – Curitiba/PR
22° – Santa Cruz do Sul
25° – Blumenau/SC
26° – Balneário Camboriú/SC
32° – Tubarão/SC
34° – Santa Maria
40° – Bagé
41° – Itajaí/SC

* Posições no ranking

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IDL das dez melhores cidades pequenas no Sul
1° – Esteio
12° – Ijuí
15° – Garibaldi
21° – Lajeado
22° – Concórdia/SC
23° – Gramado
26° – Capão da Canoa
31° – Rio do Sul/SC
32° – Farroupilha
36° – Campo Bom
43° – Pato Branco/PR

* Posições no ranking nacional
O estudo completo pode ser acessado no site www.melhorescidades.org

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Inserção do idoso

Garantir os direitos sociais dos idosos, a autonomia, a integração e a participação efetiva faz parte das políticas públicas que visam criar condições para promover a longevidade com qualidade de vida. Desta forma, compete às entidades públicas estimular a criação de locais de atendimento aos idosos, centros de convivência, programas e outros voltados a cuidar da saúde e do envelhecer com mais qualidade de vida.

A presidente do Conselho Municipal do Idoso de Santa Cruz do Sul, Maria Raquel Fagundes, esclarece que embora os avanços sejam muitos, é preciso criar políticas públicas que incentivem a inserção do idoso na sociedade. “Ainda que Santa Cruz tenha avançado muito no quesito de políticas públicas, precisamos ampliar estas melhorias e buscar mais acessibilidade aos nossos idosos não somente nas ruas, mas em edifícios e prédios públicos, pois ainda há muita limitação nesses locais”, esclarece.

“Na questão da institucionalização dos idosos, foi um aspecto que cresceu muito nos últimos anos. Hoje, o município tem 26 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), que são acompanhadas pelo Conselho Municipal do Idoso, juntamente com a promotora de Justiça Catiuce Ribas Barin e a vigilância sanitária.”

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