O centro do stocksport no continente americano é em Santa Cruz do Sul de hoje até domingo. A cidade recebe a sétima edição da Copa América, que acontece de dois em dois anos. Além da seleção brasileira, integrada por atletas locais e de Lajeado, participam equipes do Paraguai e do Canadá, países que já sediaram o evento. A competição é organizada pela Federação Gaúcha, com supervisão da Federação Internacional da modalidade, que dá as diretrizes para eventos dessa grandeza.
Os canadenses já estão na cidade desde a semana passada e os paraguaios são esperados para hoje, data da abertura oficial da Copa América, que será às 19h30 no Centro Cultural 25 de Julho. As disputas iniciarão amanhã, às 8 horas, nas quadras do mesmo clube, no Parque da Oktoberfest. A Festa da Alegria, inclusive, terá divulgação dentro da programação da competição. Na sexta-feira à noite, as cerca de 100 pessoas envolvidas no torneio e convidados vão mostrar as suas habilidades nos jogos germânicos.
Os estrangeiros participam, ainda, de atividades paralelas à Copa América, como visitas a pontos turísticos e outros locais em que se pratica o stocksport. Ontem, por exemplo, alguns atletas, o diretor técnico e um dos vice-presidentes da Federação Internacional, o alemão Max Moritz, estiveram na Associação Esportiva 15 de Agosto, de Linha Áustria, e na Associação Esportiva e Cultural Linha Santa Cruz – Eisstocksport Alt Pikade.
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Torneio poderá ser visto ao vivo em vídeo no mundo inteiro
A Copa América de Eisstocksport não estará restrita ao público santa-cruzense. A Federação Gaúcha (FGDE) providenciou uma equipe de TV para transmitir o torneio em vídeo, ao vivo, para o mundo inteiro através da sua página no Facebook (fb.com/eisstocksportbrasil). “O eisstock é praticado em mais de 40 países. Nos Mundiais que participamos, sempre teve 30 países. E, agora, o Brasil está mais uma vez em evidência. Com essa transmissão, colocaremos Santa Cruz e toda a região para o mundo ver”, ressalta Sérgio Böhm, presidente da entidade.
Como o torneio é classificatório para o Mundial de 2018, que será em fevereiro na Áustria, os estrangeiros têm mais um motivo para ficar ligados na Copa América. “Os outros países estão de olho nos atletas brasileiros, porque já sabem que vamos nos encontrar com eles lá. É uma forma de interagir e ficarem atentos”, ressalta Böhm. O Brasil terá equipes masculina e feminina na primeira divisão do Mundial, que conta com 12 países, e a ideia é levar também um time de juniores.
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A renovação de quadros é, inclusive, um fator que caracteriza o stocksport brasileiro, aponta o diretor técnico da FGDE, Milton Bressler. “Temos essa ideia desde o início, junto com o nosso então presidente, o saudoso Renê Emmel: investir e colocar os jovens para treinar e jogar. Qualquer esporte só tem futuro se o jovem praticá-lo”, sublinha. Max Moritz, da Federação Internacional, reforça o pensamento do colega. “O título de vice-campeão em Innsbruck (Áustria, em 2014) disse tudo. O Brasil consegue desenvolver o eisstock junto com os jovens, o que muitos países não conseguem mais. Este é um ponto muito positivo do Brasil”, elogia.