A comunidade de Santa Cruz do Sul comemora na segundafeira, dia 28 de setembro, os 142 anos de emancipação. A Gazeta do Sul trará na edição daquela data um suplemento especial de 20 páginas dedicado a relembrar marcos concretizados ao longo dessa história e que simbolizam a expansão que a localidade apresentou. Colonizada a partir do final de 1849, em apenas 28 anos a então vila obteve sua independência em relação ao município-mãe, Rio Pardo. O desenvolvimento foi intenso, apoiado sobre o labor coletivo e sobre as bases socioeconômicas, que sempre tiveram entre as prioridades o investimento em infraestrutura, educação, industrialização e serviços básicos.
O que o caderno especial da Gazeta do Sul revelará, por exemplo, é que em apenas meio século, até a entrada do século 20, Santa Cruz havia conformado uma estrutura econômica e social que a projetava em âmbito de Rio Grande do Sul. E, assim, vieram também conquistas cruciais, como a ligação ferroviária com Ramiz Galvão, a energia elétrica e a hidráulica. A viação férrea, por sua vez, foi fundamental para a atração de indústrias da cadeia do tabaco, permitindo o escoamento da matéria-prima que, como se viu, impulsionou a economia local para o mundo. O resto dessa história sabemos bem.
Dessas decisões, mais do que acertadas, estratégicas, do passado, permanece o exemplo de lideranças e autoridades sempre determinadas, empreendedoras, visionárias. Por isso, olhar para trás, identificar o pensamento dos líderes e o rumo que suas ações seguiam, é um exercício mais do que propício para assimilar a Santa Cruz do Sul e a região de hoje, a fim de, ciente dos desafios ou das demandas, começar a projetar e concretizar o amanhã. O espírito comunitário e a união de forças sempre estiveram no DNA do santa-cruzense, e é incontornável que assim permaneça.
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Até mesmo a tomada de decisão em relação a prédios públicos, como foi o caso da construção da nova sede da Câmara, ao final do século 19, envolveu consultas aos moradores, que opinaram se a construção devia ser feita na praça mais central, a atual Praça Getúlio Vargas, ou na então Praça do Carvalho, a atual Praça da Bandeira. Quem recupera essa história é o jornalista Rodrigo Nascimento, em reportagem especial veiculada nesta edição, nas páginas 16 e 17. Situar o Palacinho, como é carinhosamente chamado, na história e na vida de Santa Cruz, saber como a comunidade viu e vê esse prédio, e como a localidade é vista a partir desse espaço histórico, é uma maneira que a Gazeta do Sul elegeu para homenagear, desde já, essa linda e pujante cidade.
A homenagem será completada, portanto, na edição de segunda-feira, com muita leitura sobre a querida Santa Cruz. A todos os santa-cruzenses, em memória dos pioneiros e dos que já deram sua contribuição para o progresso, fica a expectativa de que esse conteúdo possa inspirar os filhos desta terra que hoje a conduzem e os que, no futuro, herdarão esse valioso legado.
Ótimo final de semana. Parabéns, Santa Cruz do Sul, pelos 142 anos!
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