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Santa Cruz do Sul livre de infestação do mosquito

Santa Cruz do Sul deixou de ser um município considerado infestado pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e vírus zika. Uma análise realizada neste mês – Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) –, com base em larvas recolhidas de 20% de todas as residências, indicou que o índice está zerado. Para garantir o controle e atender às recomendações do Ministério da Saúde, a Vigilância Sanitária vai realizar mais uma rodada de visitas às residências até o fim de janeiro à procura de criatórios. Um novo levantamento será feito em fevereiro. Com base nas informações coletadas no Liraa, os gestores podem identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

Em fevereiro, com a descoberta de 20 focos do inseto, as armadilhas em pontos estratégicos foram recolhidas e três ciclos foram realizados a cada dois meses, com monitoramento constante por meio de 84 agentes comunitários de saúde e dez agentes de combate a endemias. O trabalho deu resultado, o que é uma exceção à regra – a maioria dos municípios que recebe o selo de infestados dificilmente consegue deixar de ser em pouco tempo. “É um sinal de que a população também está consciente e auxiliando no combate”, comenta o coordenador municipal do Departamento de Ações de Combate ao Mosquito da Dengue da Vigilância Sanitária de Santa Cruz do Sul, Leonardo Rodrigues. “O trabalho de orientação e prevenção dos agentes comunitários de saúde nas microáreas é fundamental”, complementa.

Durante as visitas, os agentes recolhem objetos e eliminam locais propícios para criatórios do mosquito. Eles ainda orientam os moradores em relação a ações preventivas. Em caso de estruturas que não podem ser removidas, como piscinas, o larvicida é aplicado. Para as ações no verão, a Vigilância Sanitária terá um encontro com o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB) para negociar um apoio na ampliação do combate. A coordenadora de Vigilância e Epidemiologia da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Beanir Lara, afirma que os cuidados devem ser intensificados neste período do ano. “O mosquito é vetor de pelo menos três doenças endêmicas e tem um ciclo de reprodução muito rápido. A população deve tomar medidas de prevenção, o que auxilia o trabalho dos órgãos públicos”, detalha.

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Ontem, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou de uma videoconferência com os secretários estaduais de Saúde e os coordenadores das 27 Salas Estaduais de Coordenação e Controle, para tratar das ações programadas para a mobilização do Dia Nacional de Combate ao Mosquito, que acontece nesta sexta-feira. Em relação à dengue em Santa Cruz do Sul, o acumulado este ano atinge 30 notificações e quatro casos confirmados. De outubro até o momento, nenhum caso foi registrado. 

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