Embalado pelo início das contratações de safreiros nas empresas de tabaco e pelo arrefecimento da pandemia, Santa Cruz do Sul abriu 827 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, segundo dados divulgados nessa quinta-feira, 10, pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O desempenho é superior ao do mesmo período dos últimos dois anos.
Os números também superam anos anteriores a 2020, mas como a metodologia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi alterada, a comparação não é precisa. Ao todo, foram 2.553 admissões e 1.726 desligamentos. Com o saldo positivo, ainda que apoiado parcialmente na demanda temporária do setor fumageiro, Santa Cruz se mantém na rota de retomada da empregabilidade após o período mais agudo da Covid-19. Em 2020, primeiro ano da pandemia, 739 postos foram extintos no município. Já no ano passado, 1.373 foram criados.
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Os relatórios do Caged confirmam a projeção de incremento nas contratações este ano nas fumageiras. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa), Gualter Baptista Júnior, a expectativa é de aceleração nas contratações entre fevereiro e abril, com projeção de aumento de 8% a 10% na comparação com o ano passado, o que reflete a retirada das restrições de ocupação nas usinas de beneficiamento, que em 2021 estava limitada a 75% da capacidade. Mas a tendência é de que os contratos sejam mantidos por menos tempo, já que o volume de tabaco processado é menor (569 mil toneladas, ante 628 mil na safra anterior), devido à redução na área plantada e ao impacto da estiagem. “No ano passado, tivemos empresas que mantiveram os trabalhadores até novembro. Este ano, as dispensas devem começar entre julho e agosto e irem no máximo até setembro”, observou.
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Além da indústria, o setor de serviços registrou saldo positivo relevante em janeiro, puxado principalmente por escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental – o que reflete o retorno às aulas presenciais. Na contramão, registraram mais demissões do que contratações o comércio – consequência do fim dos contratos temporários do fim de ano e da baixa nas vendas durante o período de férias, ainda que o setor atacadista tenha se mantido em alta – e a agropecuária – por conta da queda na demanda de trabalhadores volantes nas lavouras com o fim da colheita do tabaco. Já a construção civil manteve-se praticamente estável.
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Na prática, Santa Cruz acompanhou o desempenho registrado em âmbito estadual e nacional em janeiro. No Rio Grande do Sul, foram 17.064 vagas criadas no primeiro mês do ano. Em todo o País, foram 155.178 postos gerados.
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