Santa Cruz do Sul está entre as principais cidades do Brasil no quesito competitividade. A classificação de 11ª colocada no Rio Grande do Sul é fruto da análise de indicadores socioeconômicos cruzados com o desempenho da gestão pública municipal, apontando Santa Cruz como um dos destinos favoráveis aos novos investimentos no Estado.
O coordenador do estudo, Lucas Cepeda, do Centro de Liderança Pública (CLP), revela que o ranking cruza informações em três dimensões – econômica, social e de gestão pública –, avaliando 55 indicadores presentes nesses parâmetros. “O resultado pode ser utilizado como uma ferramenta de gestão e de planejamento dos municípios, para a melhoria constante do desempenho”, disse.
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A posição geral de Santa Cruz do Sul é a 154ª entre 405 cidades avaliadas. Os critérios de seleção para classificação das maiores cidades são população – acima de 85 mil habitantes –, dados da economia e resultados do serviço público. “O município está em uma posição mediana, com indicadores muito bons, que mostram que algumas áreas são promissoras”, avaliou.
Entre as cidades gaúchas, Santa Cruz desfruta da 11ª posição, em um ranking de 25 municípios, na frente de Pelotas, Canoas e Rio Grande, por exemplo. Os dados, segundo o Cepeda, podem ser utilizados pelos gestores públicos para elevar índices, por meio de políticas públicas, assim como na atração de investimentos. O Cepeda explica que quanto mais alta a posição no ranking da competitividade, mais atrativa para novos empreendimentos a cidade se torna.
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O Centro de Liderança Pública é uma organização suprapartidária que atua para engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos caapzes de enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 12 anos, defende um Estado Democrático de Direito eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos.
Educação, o quesito em destaque que eleva índice dos municípios
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Entre os indicadores avaliados pelo CLP, os quesitos educação e qualidade do ensino elevam o patamar do município. A somatória das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) fazem com que Santa Cruz ocupe a posição 58 entre as 405 maiores cidades brasileiras. A qualidade da educação puxa o município para o topo do ranking.
Na esteira de pontos positivos, a diversificação econômica e o desempenho produtivo de Santa Cruz destacam-se na classificação geral. No índice economia, o município fica na 118ª posição. No entanto, o item saneamento básico prejudica o desempenho diante de outras cidades. Quando se consideram as perdas do sistema de abastecimento e a quantidade de esgoto tratado em Santa Cruz, o parâmetro cai para a posição 286.
Outro fator que prejudica a avaliação geral de Santa Cruz é a burocracia para a abertura de uma nova empresa. No quesito gestão fiscal, a nota é 253, derrubando 99 posições do ranqueamento geral obtido pela soma total das notas. “O município precisa trabalhar para desburocratizar a abertura de novas empresas, para elevar a classificação geral também a partir desse indicador”, menciona.
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Já o coordenador do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Unisc, Rogério Silveira, destaca que o resultado do estudo confirma a posição de Santa Cruz como município-polo. “É Santa Cruz que detém a maior riqueza, a oferta de empregos e serviços que são destinados para a população de toda a região. Porém, isso não quer dizer que o município não enfrente dificuldades, como as que são apontadas na área do saneamento.”
Silveira diz que a posição de Santa Cruz revela desigualdade inter-regional, pois concentra desempenho acima da média da região. “Essa condição mostra a desigualdade da região, pois grande parte dos municípios vizinhos e aqueles nem tão próximos têm dificuldade em acompanhar esse crescimento.”
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