O tabaco, em especial, fez com que Santa Cruz do Sul registrasse aumento no superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2024 no comparativo com 2023. O município vendeu para outros países US$ 1.683.832.021,00 e comprou US$ 125.587.952,00. No ano anterior, os resultados foram de US$ 1.551.622.382,00 e US$ 118.928.658,00, respectivamente.
Os dados foram divulgados na última segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). De acordo com o ente federal, o País apresentou queda de 24,6% no saldo da balança comercial em relação a 2023, quando houve recorde (US$ 98,903 bilhões). O Brasil exportou US$ 74,552 bilhões a mais do que importou no ano passado.
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Na avaliação mensal, os santa-cruzenses tiveram maior êxito com o tabaco. O produto liderou a exportação em todos os meses, sendo agosto o que apresentou os melhores resultados. O setor somou US$ 211.317.110,00 dos US$ 223.045.226,00 exportados no oitavo mês do ano. O período de destaque repete 2023, tendo, no entanto, aumento de US$ 15 milhões.
No outro lado da tabela está abril, com US$ 69.782.551,00 em vendas para o exterior. Nesse período, o tabaco contabilizou US$ 61.975.469,00, e a importação chegou a US$ 11.331.803,00.
O superávit nacional, apesar de menor do que em 2023, veio acima das estimativas do Ministério do Desenvolvimento, que previa saldo positivo de US$ 70 bilhões para 2024. As exportações ficaram levemente acima da projeção de US$ 335,7 bilhões divulgada pela pasta em outubro, e as importações encerraram o ano levemente abaixo da previsão de US$ 264,3 bilhões.
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Na comparação entre volume e preços, o total de mercadorias exportadas cresceu 3% em 2024, com os valores médios caindo 3,6%, puxados pela soja e pelo milho. O volume de bens importados subiu 17,2%, impulsionado pelo crescimento do consumo decorrente da recuperação econômica. Os preços médios das mercadorias importadas recuaram 7,4%.
Até US$ 80 bilhões em 2025
Pela primeira vez, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços divulgou estimativas para a balança comercial do ano em janeiro. A pasta prevê que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões em 2025, com as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões e as importações, entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões. Tradicionalmente, o governo federal divulgava projeções a partir de abril, com revisões em julho e em outubro.
Na divisão por produtos, o petróleo bruto tomou o lugar da soja entre as maiores exportações brasileiras em 2024. O valor exportado subiu 5,2%, com o volume embarcado aumentando 10,1% e o preço médio caindo 4,4%. As exportações de soja recuaram 19,4% em valor, com o volume caindo 3% e o preço médio, 16,9%.
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Com o milho, o desempenho foi ainda pior no ano passado. O valor exportado recuou 39,9%, com o volume embarcado desabando 28,8% e os preços caindo 15,6%. Tanto a soja como o milho sofreram com as condições climáticas – enchentes no Sul e forte seca no Sudeste e no Centro-Oeste.
No resultado de dezembro, a balança comercial teve superávit de US$ 4,803 bilhões. É uma queda de 48,5% em relação a dezembro de 2023, quando o resultado tinha ficado positivo em US$ 9,323 bilhões. As exportações somaram US$ 24,904 bilhões, com redução de 13,5% comparado a dezembro de 2023. As importações totalizaram US$ 20,101 bilhões.
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Tabaco
Mês | Valor (US$) |
Janeiro | 68.790.161,00 |
Fevereiro | 73.929.177,00 |
Março | 114.956.435,00 |
Abril | 61.975.469,00 |
Maio | 140.088.050,00 |
Junho | 139.195.406,00 |
Julho | 126.934.599,00 |
Agosto | 211.317.110,00 |
Setembro | 175.473.198,00 |
Outubro | 100.157.483,00 |
Novembro | 201.975.145,00 |
Dezembro | 100.157.483,00 |
Exportação
Importação
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