Pelo segundo ano consecutivo, o desfile de escolas de samba de Santa Cruz do Sul não vai ocorrer. Uma reunião foi realizada na manhã desta quinta-feira, 4, para definir detalhes sobre o Carnaval. No entanto, a Prefeitura e a Associação de Entidades Carnavalescas não conseguiram chegar a um acordo. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Cultura e Turismo ofereceu ajuda de R$ 85 mil para o evento, mas o recurso pedido pela associação é de R$ 142 mil.
Conforme o representante da pasta, Flávio Bender, R$ 60 mil seriam destinados para as cinco escolas de samba que iriam desfilar. Além disso, a Prefeitura repassaria outros R$ 25 mil para custear a estrutura da festa, como iluminação, sonorização e Projeto de Proteção contra Incêndios (PPCI). Assim como nos moldes do último ano em que ocorreu, em 2016, o desfile aconteceria no Parque da Oktoberfest. “Eles não aceitaram essa proposta e queriam um valor maior”, explicou Bender.
Um projeto de captação de recursos através da Lei Rouanet chegou a ser criado por um produtor cultural. No entanto, a proposta foi transferida para outro município. “Não tinha um projeto especificamente para Santa Cruz”, comentou Bender. Para o secretário, através de projetos seria possível garantir o Carnaval. “O que falta é um pouquinho mais de esforço das próprias entidades”, concluiu.
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O presidente da Associação de Entidades Carnavalescas, Fábio Nunes, afirmou que, diante do impasse, o desfile de Carnaval de rua não vai ocorrer. Para ele, os moradores que gostam da festividade ficarão desprestigiados. Segundo o presidente, as escolas também se comprometeram em buscar por recursos próprios. “Esse Carnaval seria de integração popular e muito diferente do que a gente já tinha visto”, disse Nunes.
Para o presidente da associação, há uma resistência muito grande quando se trata sobre a festa popular em Santa Cruz. Mesmo sem o apoio financeiro, Nunes garante que a Associação de Entidades Carnavalescas vai trabalhar para construir um evento independente na data. “Vamos construir outro modelo e, infelizmente, sem o apoio da Prefeitura”. Com relação à captação de recursos, Nunes afirma que houve desinteresse. “Tudo aquilo que era impeditivo para o Carnaval via Prefeitura foi sanado pela associação”, finalizou.
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