Foram confirmados em Santa Cruz do Sul, nos últimos 14 dias, 18 casos de dengue. O primeiro caso de 2021 foi registrado no dia 12 de março. Na última segunda-feira, 22, eram 8 infectados identificados. Nesta sexta, 26, são 18.
E o número pode crescer ainda mais nos próximos dias, segundo a Vigilância Sanitária municipal. O coordenador do setor de endemias do órgão, Rudiberto Berlt, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta que muitas pessoas têm suspeita da doença e aguardam resultado de exames.
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A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O protocolo de combate à dengue prevê uma série de ações no entorno das residências de pacientes infectados, o que tem sido feito, segundo Berlt. “Pessoal está na rua, na volta desses locais, fazendo bloqueio, tratamento mecânico, uso de larvicida, dando orientações aos moradores”, relatou.
Ainda de acordo com o fiscal da Vigilância Sanitária, a maior parte dos casos foram identificados entre o Centro e os bairros Ana Nery e Arroio Grande. Agentes trabalham também na busca por possíveis criadouros do inseto, especialmente nesta região da cidade.
Os 18 casos confirmados até este 26 de março acabam por destacar negativamente o ano de 2021, no que diz respeito à dengue. Para fins de comparação, ao longo de todo o ano anterior, 2020, foram identificados quatro casos. “A gente nunca chegou a ter tanto assim, esse ano é atípico, bem diferente do que aconteceu nos últimos anos”, avaliou Berlt.
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“O aumento é muito rápido. Quando tem um doente na área, é questão de pouco tempo para aparecerem mais casos”, explicou o coordenador do setor de endemias da Vigilância Sanitária, que externou a preocupação com a possibilidade de a doença pressionar ainda mais a rede hospitalar, já com capacidade esgotada em função da Covid-19.
Os principais sintomas da dengue são febre, dores de cabeça e no corpo e manchas na pele. A orientação é que, ao perceber estes sinais, a pessoa procure assim que possível um posto de saúde e se consulte com um médico.
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Além do número acima da média de casos de dengue, Santa Cruz confirmou neste mês de março, pela primeira vez, um caso de infecção pelo vírus zika, que também tem o Aedes aegypti como vetor. Rudiberto Berlt pediu a colaboração da comunidade, na identificação e eliminação de possíveis criadouros do mosquito, que necessita de água parada, mesmo que em quantidades muito pequenas para se reproduzir. “Até uma tampinha de garrafa pode virar um criadouro”, alertou o fiscal.
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