Santa Cruz do Sul

Santa Cruz busca certificação para boas práticas de eliminação do HIV e Sífilis Congênita

Desde março deste ano, Santa Cruz do Sul participa de processo para obter a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical do HIV e também o Selo Bronze de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis Congênita. A transmissão vertical ocorre quando a infecção passa da mãe para filho ainda durante o período de gestação, no parto ou na fase de amamentação.

O reconhecimento para a certificação e o selo bronze inclui o cumprimento de várias metas e de várias etapas, sendo que a última delas vai ocorrer na próxima terça-feira, 22, e quarta-feira, 23, quando estão programadas visitas da equipe técnica de validação, com representantes da Secretaria de Saúde do Estado (SES) e do Ministério da Saúde (MS) aos serviços envolvidos na prevenção, combate e tratamento.

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O processo iniciou pela elaboração de um relatório de validação, contendo cerca de 50 páginas, com levantamento de dados sobre vários indicadores de saúde, protocolos e processos para diagnóstico, busca ativa e tratamento de gestantes e suas parcerias e das crianças expostas às infecções, incluindo informações sobre a defesa de direitos humanos e populações mais vulneráveis.

Todas as equipes na linha do cuidado materno-infantil, desde os postos de saúde, passando pela atenção especializada – programas “Bem Me Quer” e “Primeira Infância Melhor“, até a maternidade do Hospital Santa Cruz, que é a referência SUS, incluindo laboratórios e exames, responderam questionários. Também foram realizadas várias reuniões com a rede de serviços SUS em uma ação de educação permanente.

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Depois de concluído, o relatório foi apreciado e recebeu pareceres das equipes técnicas de validação da SES/RS e do MS, em abril deste ano. Ajustes e correções sugeridas foram feitos e desde então o município vem preparando-se para a fase de visitação.

Antes das visitas técnicas, na terça-feira, às 10h30, será realizada a reunião técnico-política, no auditório do Cerest, (Travessa Vereador Walter Kern, 105, Centro) com a participação de pontos focais representantes dos serviços, equipes que responderam aos questionários, gestores e convidados. Ao final do ano será anunciado o resultado e conferida a certificação, o que deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro. No Estado também concorrem à certificação, Caxias e Sapucaia do Sul.

Conforme a coordenadora do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), enfermeira Micila Chielle, obter a certificação é importante para Santa Cruz do Sul porque é um atestado da qualidade dos serviços oferecido pela rede de atenção básica e especializada. “Temos sempre em acompanhamento, cerca de 10 a 20 gestantes, mulheres portadoras do HIV. Mesmo sendo portadoras, essas mães não transmitem devido às boas práticas, a boa assistência que recebem, ao acompanhamento, ao uso das medicações e ao controle rigoroso do HIV”, explicou.

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Com relação à sífilis, Micila explica que a certificação nesse caso não é possível devido ao elevado números de casos, mas que o município pode receber o Selo Bronze, o que também é um demonstrativo do bom trabalho realizado.

“Na verdade é uma epidemia bem generalizada, não só em Santa Cruz mas em todos os municípios brasileiros. Mesmo assim temos boas práticas e boas ações no pré-natal e acompanhamento em toda a rede de atenção à saúde, não somente nos serviços especializados, mas também junto à atenção básica para estar cuidando, assistindo, controlando, buscando e tratando essas mães e essas crianças e também os parceiros das gestantes”, observou.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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