Santa Cruz do Sul avançou em quatro dos seis segmentos econômicos analisados em um estudo que aponta as melhores cidades do Brasil para fazer negócios. Na comparação entre 2020 e 2021, o município ganhou posições no comércio, mercado imobiliário, agropecuária e educação – o que significa que esses setores tornaram-se mais atrativos para investimentos –, enquanto os setores da indústria e de serviços recuaram.
Elaborado desde 2014 pela empresa Urban Systems, o estudo abrange as 326 localidades do Brasil com mais de 100 mil habitantes e é utilizado como parâmetro para investidores. Para cada segmento econômico, é considerado um conjunto de indicadores. Nesta edição, também foi apurada a situação dos municípios em relação à pandemia, como índice de infectados e mortos e cobertura de vacinação.
No caso de Santa Cruz, o melhor desempenho foi no setor de educação, que na edição de 2020 não havia figurado entre os 100 mais bem colocados e em 2021 saltou para a 48ª posição – foi o segundo mais bem posicionado entre os gaúchos, atrás apenas de Porto Alegre. O levantamento considera fatores como saldo de empregos e matrículas.
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Conforme o diretor de marketing da Urban Systems, William Rigon, o que mais pesou em favor do município foi o crescimento no número de alunos em instituições privadas de educação básica, o que sinaliza para um risco reduzido de falta de mão de obra no futuro, problema que já atinge várias cidades do País. “Isso mostra que a cidade, no curto e médio prazo, vai continuar consumindo educação e serviços para um público que tem potencial de se tornar capital humano”, observou.
Conforme Rigon, no plano geral Santa Cruz apresentou indicadores positivos no que toca à geração de empregos, na contramão da maioria dos municípios, que extinguiram postos de trabalho ao longo dos dois primeiros anos da Covid-19. “Significa que a cidade tem uma diversidade econômica, foi menos impactada e conseguiu criar condições para manter o número de empregos, apesar da pandemia”, disse. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, o município gerou 634 postos de trabalho com carteira assinada.
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O pior desempenho de Santa Cruz no estudo foi no setor industrial, em que havia chegado à 20ª posição em 2020 e, em 2021, sequer ficou entre os 100 melhores. De acordo com Rigon, isso está relacionado principalmente a uma retração no valor das exportações. O cálculo também considera fatores como renda dos trabalhadores, estabelecimentos industriais, distância até o porto mais próximo, rodovias federais e paralisações no fornecimento de água.
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Desempenho
Comércio
Colocação em 2021: 71°
Colocação em 2020: Não apareceu entre os 100 melhores
Primeiro do ranking: São Paulo (SP)
Outros municípios gaúchos: Rio Grande (17°), Canoas (43°), Porto Alegre (63°), Santa Maria (73°), Caxias do Sul (75°)
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Serviços
Colocação em 2021: 87°
Colocação em 2020: 78°
Primeiro do ranking: Barueri (SP)
Outros municípios gaúchos: Porto Alegre (9°), Rio Grande (24°), Santa Maria (29°), Bagé (49°), Pelotas (50°), Passo Fundo (63°), Erechim (70°), Caxias do Sul (72°), São Leopoldo (77°), Novo Hamburgo (79°)
Mercado imobiliário
Colocação em 2021: 69°
Colocação em 2020: 96°
Primeiro do ranking: São Paulo (SP)
Outros municípios gaúchos: Porto Alegre (21°), Caxias do Sul (51°), Canoas (61°), Rio Grande (63°)