Nas visitas domiciliares são feitas ações de combate e também divulgadas orientações | Foto: Mateus Santos/DivulgaçãoGS
Durante dez dias de fevereiro a Vigilância Sanitária de Santa Cruz realizou o primeiro Levantamento de Índice para o Aedes aegypti do ano. Os agentes de combate às endemias vistoriaram 2.482 imóveis, nos quais foram coletadas 389 amostras positivas, para os mosquito transmissor da dengue, encontradas em 267 imóveis. Além disso, foram encontrados focos em 37 terrenos baldios. Ainda, durante as coletas, foram encontradas 10 amostras positivas para Aedes albopictus, que também pode ser vetor da doença.
Os números classificam Santa Cruz como alto risco, sendo esta a pior marca desde 2021. Comparado com os resultados de levantamento do mesmo período do ano passado, o índice teve um aumento de 2,8 pontos percentuais (fev/2024 = 9,6% e fev/2025 = 12,4%).
O levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) em Santa Cruz foi realizado por 19 agentes de combates à endemias, de 17 a 27 de fevereiro. Foram considerados 64 mil imóveis, distribuídos em 1.694 quarteirões. O plano determina que sejam sorteados quarteirões e dentro destes, sejam selecionados e inspecionados 20% dos imóveis.
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O LIRAa mede a presença do vetor nas localidades pesquisadas, utilizando uma escala como medida de avaliação e monitoramento. O índice satisfatório vai de 0 a 0,9; média infestação de 1,0 a 3,9; e alto risco estando acima de 4,0.
Os dois bairros com maior número de amostras positivas foram Centro e Margarida. Seguido pelo Bonfim, Santo Inácio e Faxinal Menino Deus. Mas, de acordo com o levantamento, nos demais bairros também há focos do Aedes aegypti, mas em menor quantidade. “Em toda a cidade há focos, inclusive no distrito de Monte Alverne”, aponta o Levantamento. Segundo a justificativa, o excesso/escassez de chuva ocasionada pelo El Niño/La Niña associados às temperaturas influencia diretamente a reprodução do Aedes aegypti. “Estamos em alto risco. Por conta disso, com base nos resultados obtidos neste levantamento, do banco de dados do setor de Endemias e dos dados epidemiológicos dos casos de dengue, zika e chikungunya, planejaremos as estratégias e ações de combate ao Aedes aegypti”, garante o setor de Vigilância Sanitária da Prefeitura.
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De acordo com a supervisora de endemias do setor de Vigilância e Ações em Saúde, Diana Laura Faber, já estão sendo realizadas visitas domiciliares com ênfase na orientação e eliminaçãode criadouros. Além disso, está em planejamento um mutirão de visitas no Centro e também aplicação de inseticida no Bairro Margarida, que são os mais infestados.
Nos dois primeiros meses de 2025, o Rio Grande do Sul teve redução de 81,8% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. O estado segue a tendência nacional, que apresentou um recuo de 69,25% nos registros da doença. O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.
De acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, nos primeiros meses de 2025, foram contabilizados4.506 casos prováveis de Dengue no Rio Grande do Sul, contra 24.765 no mesmo período de 2024.
Em todo o Brasil, a queda é de quase 70% nos diagnósticos, sendo 493 mil ocorrências prováveis da doença, 217 óbitos confirmados e 477 mortes em investigação. No mesmo período do ano passado, o país havia registrado 1,6 milhão de pacientes prováveis, 1.356 óbitos confirmados e 85 em análise.
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