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Santa Cruz adota medidas para identificar casos suspeitos de coronavírus

Desde que surgiram as primeiras informações sobre o novo coronavírus, o município de Santa Cruz do Sul está em alerta. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 29, o secretário Municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, afirmou que a pasta tem realizado uma série de reuniões sobre o assunto com técnicos da área. A intenção é preparar a rede municipal de saúde para algum eventual registro de caso suspeito da doença.

O secretário ressaltou a presença de inúmeras pessoas em Santa Cruz vindas da China. Além do turismo, muitos chineses viajam para o município para realizar negócios com as indústrias fumageiras. O país asiático é um dos principais compradores do produto brasileiro.

Desde essa terça-feira, 28, a Secretaria recebe relatórios da Vigilância Sanitária do Estado e do Ministério da Saúde sobre o coronavírus. Com base nisso, o município passou a traçar algumas estratégias. “Ontem mesmo a nossa Vigilância Epidemiológica realizou um levantamento junto às unidades fumageiras, que são as que mais recebem chineses no nosso município e, a partir disso, nós teremos o nome das pessoas que vieram até a nossa cidade, quanto tempo permaneceram e quais são as suas origens”, ressalta o secretário.

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Segundo Régis de Oliveira Júnior, também será feito um levantamento com as agências de viagem para a identificação de moradores de Santa Cruz que tenham ido para a China ou estado em uma dessas áreas consideradas de contaminação.

Além disso, haverá uma reorganização no fluxo de atendimento da Secretaria Municipal de Saúde. A intenção é repassar orientações aos serviços de pronto atendimento para que estejam preparados caso recebam pacientes suspeitos de coronavírus ou com qualquer sintoma relacionado à doença. Os ambientes dos hospitais também serão organizados para evitar possíveis contaminações. A ideia é que o município tenha um lugar específico para atendimento e com leitos de isolamento.

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Régis abordou ainda a importância de a comunidade não espalhar Fake News e se abastecer de informações pelos sites oficiais do município. A prefeitura vai disponibilizar um boletim epidemiológico com informações técnicas e em tempo real sobre a doença.

A responsável pela Vigilância Epidemiológica de Santa Cruz, Luciane Weiss Kist, explica que os sintomas são bastante comuns aos de outras doenças. Entre os critérios clínicos para definir se uma pessoa é suspeita de estar com o coronavírus estão febre e problemas respiratórios como tosse e dificuldade para respirar.

Apesar disso, Luciane explica que não basta ter o sintoma clínico pois a doença se confunde com outras infecções gripes e resfriados. “Necessariamente deve ter tido algum tipo de contato próximo nas duas últimas semanas com alguém que veio de um território que é considerado contaminado”, ressalta. Além disso, também é avaliada a possibilidade de Influenza ou outras patologias e vírus respiratórios. “São precauções básicas. Não há motivos para pânico”, afirma.

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Quais são os procedimentos
Se o paciente apresentar os sintomas é feita a coleta de secreções do trato respiratório. Conforma a Luciane, é a mesma coleta feita para o vírus Influenza, chamado de aspirado. “É colocado uma sonda na cavidade nasal, e feita a coleta. Depois mandamos para o Laboratório Central de Saúde Pública do rio Grande do Sul em Porto Alegre (Lacen).”

A responsável pela Vigilância ainda salienta que independente do resultado, positivo ou negativo, não existe um tratamento específico. O paciente será tratado para controlar os sintomas. É importante portanto, segundo ela, que a população mantenha e intensifique o cuidado com a higiene das mãos, de tapar a boca ao tossir e espirrar, além de evitar ambientes fechados ou com aglomeração de pessoas.

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Treinamento
Conforme o secretário de Saúde, Régis de Oliveira júnior, haverá nesta sexta-feira, 31, um treinamento para cerca de 50 profissionais da área da saúde que terão contato direto com esses pacientes. “Sob orientação do Ministério da Saúde, não é necessário nenhum tipo de alarde e os próprios municípios monitoram o nível de gravidade. Evidentemente, se tivermos casos em Santa Cruz, teremos que passar para outros tipos de protocolo”. O titular da pasta reitera que não há nenhuma suspeita ou caso confirmado até agora em Santa Cruz.

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