A música erudita firmou morada no coração e na alma de uma santa-cruzense. Mais do que musicista, solista e professora, ela se tornou compositora. Radicada em Joinville (SC), Sandra Mohr, 44 anos, segue com a atenção voltada a sua terra natal, na qual residem seus pais, irmãos e amigos de infância. E à qual ela deu contribuições valiosas para o aprimoramento artístico, a exemplo da antiga Orquestra Jovem de Santa Cruz do Sul, depois Orquestra Jovem da Unisc, e, mais recentemente, da Orquestra Santa Cruz Filarmonia, em 2015.
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Essa história de vida começou em 20 de dezembro de 1978, quando ela nasceu, filha de Guido Jorge Mohr e de Lúcia Melz Mohr, tendo ainda os irmãos Simone e Marcos. A música a acompanha desde o ambiente familiar. Primeiro, seu pai foi convidado por irmãos de sua mãe para integrar uma banda (sax e guitarra), razão pela qual seus pais se conheceram. E Guido era consertador de instrumentos (tanto elétricos como de sopros), de maneira que Sandra cresceu rodeada de sons e ritmos.
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Os estudos fez no Colégio Mauá. Ali, por volta dos 12 anos, Sandra decidiu que a música seria o assunto de sua vida. Ainda menina aprendeu teclado, e teve aulas de piano. Em casa, os pais tinham uma coleção de LPs de clássicos eruditos, e ela se apaixonou por esse gênero. Convenceu os pais a deixarem que se mudasse para Ivoti, em cujo Instituto de Educação fez o segundo e o terceiro anos do Ensino Médio.
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Enquanto aprimorava seus conhecimentos musicais, foi selecionada em extensão da Ufrgs. Logo ela ingressaria nessa universidade, na qual se formou, no Bacharelado em Piano, em 2002. Ao longo do curso, atuava como pianista acompanhante, e aos finais de semana visitava a família, em Santa Cruz, aproveitando para mobilizar a cena local. Em 2001 casou-se, aos 22 anos, com Leandro Schaefer, ao lado de quem atuou para a criação da Orquestra Jovem na cidade. Foi ainda coordenadora da escola de música do Colégio Dom Alberto, e chegou a lecionar no Mauá, onde antes estudara.
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Na virada do século havia voltado a estudar violino na Escola de Música da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), até 2005, e atuou nela como pianista em 2006, bem como na Filarmônica da PUCRS, além de acompanhar músicos. Ainda teve aulas de canto lírico. Em 2004, ela e Leandro mudaram-se para Porto Alegre; mais adiante, o relacionamento acabou.
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Em 2008, Sandra transferiu-se para Londrina (PR), aceitando convite para atuar junto a escolas, como professora de piano e violino, e pianista. Ao lado de uma musicista local, que era miss, chegou a tocar para o príncipe japonês, Naruhito, atual imperador do Japão, por ocasião das comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil. E lá também conheceu seu atual marido, Otavio Haguiuda Junior, natural do Mato Grosso do Sul. Em 2010, transferiram-se a Timbó (SC), em busca de mais qualidade de vida.
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Logo após, em 2011, ela se lançou em carreira-solo, fazendo recitais por Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com repertório de piano. Em 2013 foi a vez do debut na Alemanha. Ao retornar da Europa, ela e Otávio fixaram-se em Santa Cruz, e por essa época contribuíram para a criação da Santa Cruz Filarmonia. Ficaram até 2017, quando se mudaram para Porto Alegre. Por questões de saúde, em 2019 acabou se afastando tanto dos projetos em Santa Cruz quanto de apresentações. Em 2021, o casal se fixou em Gaspar (SC), e depois se mudou para Joinville, onde reside hoje.
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Atualmente, não só Sandra reinicia a carreira solo, com entusiasmo e empenho (havendo planos inclusive de um possível recital em Santa Cruz), como investe na carreira de compositora, com encomendas de todo o Brasil. No dia 23 de agosto ela voltou aos palcos em um recital, em Joinville, e também acaba de lançar seu primeiro álbum impresso de composições. É a retomada de uma dedicação de vida inteira à música erudita.
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