Aos poucos, é possível perceber a retomada de setores econômicos abalados pela pandemia. Foram diversas as áreas prejudicadas pela crise, que desencadeou situações como a redução do fluxo no comércio. Como reflexo, a principal via de Santa Cruz do Sul, a Rua Marechal Floriano, passa por um momento em que há diversas salas desocupadas. Entretanto, a rua, conhecida pelo comércio pujante, começa a ter alguns desses espaços reocupados.
Em maio, a Gazeta do Sul verificou que 11 salas comerciais situadas na Floriano, entre as ruas Ramiro Barcelos e Borges de Medeiros, estavam disponíveis para locação. Fora isso, quatro ambientes de uma galeria também estavam desocupados. Pouco mais de um mês depois, a mesma zona recupera parte de seus investimentos. Atualmente, são nove salas desocupadas, enquanto foi verificada a abertura de quatro novas lojas.
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Uma delas é a Monjuá, prestes a inaugurar filial na Galeria Kirst, que antes estava totalmente desocupada. Outros empreendimentos que mudaram de endereço e agora estão na Marechal Floria no, entre a 28 de Setembro e a Borges, são a Mariah Closet e a Mais Biju. Além disso, quase ao lado dessas duas lojas, a Óticas Diniz abriu mais uma filial.
Para o presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz (Seisc), Flávio Bender, não é efetivamente uma retomada do comércio da Floriano, pois a via continuará sendo o principal ponto de vendas da cidade. “Acredito que seja mais um ajuste de mercado. Já houve outros ‘ajustes’ num período anterior. Então eu acredito que estes ciclos sempre existirão, embora esta pandemia tenha sido forte para diversas empresas que já vinham com dificuldade nos anos anteriores, com altos custos para se manter.”
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Termômetro e vitrine de Santa Cruz do Sul
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz, Ricardo Bartz, o comércio da Rua Marechal Floriano é um termômetro do município. Para ele, à medida que a economia local vai bem, os espaços da via são mais disputados. “Nos últimos anos notou-se uma mudança de perfil na principal rua de Santa Cruz do Sul, com lojas tradicionais deixando esses pontos para outras, de rede, que vêm se instalar no município. Assim, o metro quadrado da Marechal é o mais disputado e o mais caro da cidade. Esse panorama também se notou no entorno do Centro.”
Bartz salienta que a pandemia mexeu com alguns pontos, que não suportaram o valor dos aluguéis e tiveram que se mudar ou até fechar as portas. “Foi um movimento que se notou em muitos pontos do Centro e em outros bairros. Mas chamou mais atenção na Floriano, que é a vitrine da nossa cidade. Aos poucos a retomada da economia reflete também no mercado imobiliário, em especial nas locações.”
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