Em uma solenidade marcada por discursos emocionados de representantes de todas as instâncias da comunidade judiciária local, o nome de Gerson Luiz Petry foi gravado no plenário do Fórum de Santa Cruz, na manhã desta sexta-feira, 26. O ex-juiz de Direito santa-cruzense faleceu em fevereiro, aos 62 anos, vítima da Covid-19, após mais de três décadas de atuação na Justiça gaúcha.
O batismo do Salão do Júri se deu a partir de uma mobilização de magistrados e advogados. Entregue pessoalmente ao presidente do Tribunal de Justiça, Voltaire de Lima Moraes, em uma visita recente à comarca, o pedido foi aprovado por unanimidade pelo Órgão Especial do TJ. Do ato, participaram o próprio Moraes, a prefeita Helena Hermany (Progressistas), ex-colegas, servidores, representantes da OAB, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria-Geral do Município, Polícia Civil e Brigada Militar, além de familiares de Petry, incluindo a esposa Rejane e o filho Daniel.
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Visivelmente emocionado, o diretor do Fórum, André Luis de Moraes Pinto, descreveu Petry como uma pessoa “autêntica” e que “fazia do seu trabalho um compromisso radical com as pessoas que precisavam da colher da Justiça”. Ao destacar a paixão de Petry pelo Grêmio, relatou o último contato com o colega, quando ele disse que, se conseguisse deixar o hospital, vestiria uma camiseta do Internacional.
Ao recordar do trabalho de Petry como titular da 1ª Vara Criminal de Santa Cruz, onde atuou até 2015, exaltou a imparcialidade na condução dos processos, a postura discreta e o respeito com os servidores. “Pensem nos predicados que um juiz pode ter. Vocês encontram alguns deles em nós. Mas encontrarão todos em Gerson Petry”. Pinto ainda lembrou a admiração que o ex-colega encontrava na comunidade e disse que ele “usava da ternura sem precisar sorrir”. “Foi professor de todos nós. De ética, de decência, de moral, de correção. Foi professor de dignidade”, concluiu.
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Santa-cruzense nascido em 1958, Petry formou-se em Direito pelas antigas Faculdades Integradas de Santa Cruz (Fisc) em 1982. Trabalhou na Caixa Econômica Federal, foi advogado e ingressou no Poder Judiciário em 1984, como pretor. Como juiz, atuou nas comarcas de Santo Ângelo, Santo Cristo, Soledade, Itaqui e Candelária. Em Santa Cruz, para onde retornou em 1997, foi titular da 1ª Vara Criminal, presidiu o Tribunal do Júri, foi diretor do Fórum e juiz eleitoral. Aposentou-se em 2015.
O que mais foi dito
“Existem pessoas que precisam ser lembradas. E o juiz Gerson Petry é uma dessas pessoas.
Ezequiel Vetoretti, ex-presidente da subseção de Santa Cruz da OAB
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“Uma pessoa sempre discreta, reservada, todos sabemos que de poucas palavras, mas com um coração grandioso.
Gustavo Petry, sobrinho
“Um homem que dignificou a magistratura. O retrato fiel mais eloquente de quem soube portar-se como um homem público.
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Voltaire de Lima Moraes, presidente do Tribunal de Justiça
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