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Saída do PSB de coligação enfraquece a oposição

Inalterado no ano passado, apesar das sondagens de partidos a algumas lideranças, o cenário político de Sobradinho abre 2019 com a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) da coligação “Sobradinho para Todos”, que representa o grupo derrotado nas eleições municipais de 2016. A decisão tomada por diretório municipal e executiva, ainda no final do ano passado, de certa forma enfraquece a oposição ao governo de Maninho Trevisan.

A postura do PSB ao longo do ano, como adianta o atual presidente, Jeferson Matana, será de independência. O partido, juntamente com PP e PSDB, participou na coligação com o candidato a vice-prefeito de Miguel Vieira, Alencar Furlan, e durante dois anos o grupo seguiu mobilizado principalmente por conta dos processos judiciais em que buscavam a cassação dos diplomas de Maninho e do vice-prefeito Armando Mayerhofer.

Como os recursos se esgotaram após chegar na última instância e prefeito e vice de Sobradinho continuam com seus cargos, o PSB reavaliou sua condição no município. “Estamos saindo da coligação, até porque foi perdida a eleição e não há mais recursos”, explicou o dirigente, durante entrevista ao Giro Regional dessa quarta-feira, 9.

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Matana, aliás, refuta o termo “oposição”, quando questionado sobre o papel que desempenha como vereador. “De forma alguma eu fui oposição neste período. O vereador eleito não é oposição. O que aconteceu foi que o povo escolheu o outro candidato a prefeito e não o nosso. Mas também fomos escolhidos, nós também trabalhamos pela população sobradinhense”, explicou. Em 2016, ele recebeu 444 votos para vereador e reafirma que sempre esteve a favor de projetos que considera bons para Sobradinho.

Nada está descartado para 2020

Internamente, há o desejo do grupo que administra o município atualmente em contar com o PSB em uma coligação para 2020. Matana ressalta que a posição de independência não significa que o partido está indo para o “outro lado”. Entretanto, o presidente da sigla socialista não descarta nenhuma possibilidade de aliança para o pleito municipal. “Não há nada relacionado com 2020 na nossa decisão. Mas não quer dizer que isso (entrada na coligação governista) não possa ocorrer”, salientou.

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Matana não descarta nem mesmo a possibilidade do PSB ter uma candidatura própria à prefeitura no próximo pleito municipal. “É tudo uma incógnita. Teremos uma grande reunião do PSB no dia 22 de março. Precisamos traçar metas, pois a política está mudando. As pessoas querem renovação. E nós defendemos pessoas mais capacitadas, técnicas para ocupar cargos, e não apenas indicações políticas”, salientou o vereador, que deve deixar a presidência do partido em agosto.

Prioridade do PP é definir pré-candidato a prefeito. Presidente do PSDB lamenta decisão

A saída do PSB da aliança abala ainda mais um grupo político que sofre para se manter unido. Apesar disso, o atual presidente do PP, Luiz Freitas, afirmou ter recebido a notícia com naturalidade. Procurado pela reportagem, ele diz que já esperava por este posicionamento da sigla. “Foi uma saída tranquila. Mas deixamos uma porta aberta com o PSB e com certeza vamos conversar com eles no momento certo”, salientou.
 

Foto: Banco de Imagens/Gazeta da Serra
Luiz Freitas: presidente quer PP com nome definido para a disputa

 

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Também vereador, Freitas afirmou que o foco do PP nos próximos meses será a construção de uma aliança forte para a disputa das eleições de 2020. “O primeiro passo é resolver a questão do nosso pré-candidato a prefeito e quero fazer isso antes de concluir meu mandato de presidente. Teremos duas reuniões, em março e maio. Depois, vamos começar a construir alianças”, ressaltou. No ano passado, em entrevista à Rádio Gazeta, ele já havia antecipado sua preferência pelo nome de Jorge Pohlmann, ex-vice-prefeito, como postulante à prefeitura.

Já o presidente do PSDB, Rogerinho Carniel, reagiu de maneira mais crítica em relação a saída do PSB. Para ele, a baixa no grupo mostra que a oposição não está bem articulada. Ele lembrou do caso da vereadora e colega de partido, Preta Teichmann, que no final de 2017 se disse “independente”, não fazendo mais parte do bloco oposicionista na Câmara. “O PSB era um partido importante para nós. Mas seguiremos sendo oposição”, garante.

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