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BASTIDORES

BM mirou a contabilidade da facção Os Manos em operação no Bom Jesus

Foto: Alencar da Rosa

Prisão realizada ontem tirou de circulação um dos principais nomes ligados à facção

Acondicionados em pacotes fechados com plástico filme, dentro de uma mochila carregada por um dos principais nomes da facção Os Manos em Santa Cruz do Sul, os R$ 100 mil em dinheiro apreendidos pela Brigada Militar (BM) nessa quarta-feira, 2, à tarde, no Bairro Bom Jesus, mostram mais que a capacidade financeira da organização criminosa no município.

Desvendam parte de um esquema orquestrado por traficantes para fazer a contabilidade da comercialização dos entorpecentes vendidos na cidade. No entanto, essa estrutura foi desmantelada na operação deflagrada por volta das 16 horas, por guarnições do Setor de Inteligência e da Força Tática do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), com apoio do 3º Batalhão de Polícia de Choque (3º BPChoque) de Passo Fundo.

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Os policiais militares realizavam patrulhamento nas imediações da Rua Carlos Hoppe, no Bom Jesus, quando se depararam com Tubinho, como é conhecido o traficante de 28 anos, que tem antecedentes por tráfico de drogas (quatro vezes), porte ilegal de arma de fogo, desobediência (duas vezes) e resistência.

Ele estava em um Gol preto. Ao desembarcar para entrar em sua residência, viu a viatura e tentou mudar a direção. Chegou a correr, mas foi abordado, levando nas costas a mochila que continha o dinheiro e 3,1 quilos de cocaína. Tubinho chegou a resistir à prisão, mas foi imobilizado e algemado por uma equipe da Força Tática.

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Na residência, onde estavam o irmão dele, de 21 anos, e o pai, de 73, os PMs localizaram outros materiais para embalagem de entorpecentes, como um pote de pinos usados no fracionamento de drogas. Havia ainda três balanças de precisão, cinco rolos de plástico filme, um rolo de saco plástico, um rolo de fita adesiva e cinco aparelhos celulares da marca iPhone.

Os três foram presos em flagrante e conduzidos à delegacia, onde as capturas foram registradas. Posteriormente, eles foram encaminhados ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os seus nomes foram mantidos em sigilo.

A Gazeta do Sul procurou o advogado do trio. Mateus Porto afirmou que as circunstâncias da prisão em flagrante deverão ser melhor elucidadas quando do avanço e conclusão do inquérito, ou em oportuna instrução judicial, se for o caso. “Por ora, vamos aguardar a audiência de custódia para fins de auferir uma liberdade provisória, para que os acusados possam aguardar o desfecho final do caso”, disse.

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“Estava no nosso radar”

Chefe do Setor de Inteligência do 23º BPM, o capitão Rafael Carvalho Menezes revelou bastidores da apuração da BM. “Estávamos acompanhando a movimentação dele. Era um indivíduo que estava no nosso radar, tanto da Inteligência como da Força Tática. E hoje [quarta-feira], quando obtivemos a informação, realizamos a ofensiva e não demos chance”, disse Rafael.

Ainda de acordo com o capitão, o 23º BPM irá pedir ao Poder Judiciário o perdimento do valor apreendido, para ser usado em investimentos de ações de policiamento preventivo da Brigada Militar. Conforme o comandante do 23º BPM, major Cristiano Cuozzo Marconatto, a ação de quarta-feira causou um grande prejuízo ao crime organizado. “Mais de meio milhão, se contabilizado o valor apreendido em dinheiro e o custo de mercado dessa droga fracionada e batizada”, salientou.

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Sobre a captura de Tubinho, Marconatto frisou o nível de atuação do preso dentro da facção. “Com certeza era uma pessoa de confiança das principais lideranças, sobretudo por guardar essa quantidade de drogas e de dinheiro acondicionado dessa forma, que mostra um nível de organização. Ele não era um mero fornecedor, tinha um papel de relevância e confiança. Foi mais um duro golpe no tráfico”, afirmou ao frisar que a atuação é constante.

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