Santa Cruz do Sul

Saiba quem é Marisa Rossa, primeira mulher a coordenar a 5ª Região Tradicionalista

Apesar de ter sido eleita no último sábado, 3, para coordenar a 5ª Região Tradicionalista (RT) pela primeira vez, o envolvimento de Marisa Rossa com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) é uma história de longa data. O primeiro contato de Marisa com o tradicionalismo foi em 2005, quando o filho dela, Pedro, à época com 5 anos, foi convidado a participar de um grupo de danças no CTG Lanceiros de Santa Cruz.

Apesar de a família dela não ter uma tradição dentro movimento tradicionalista, o envolvimento do filho com a dança foi o ponto de partida para o percurso de Marisa no movimento tradicionalista como um todo. Logo, começou a assumir cargos dentro da entidade: foi capataz da invernada pré-mirim, mirim e juvenil e diretora cultural. Depois, vieram as funções de diretora de Cultura da região e de diretora-adjunta da vice-presidência de Cultura do MTG.

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Após a morte de Luis Clóvis Vieira, ocorrida em junho deste ano, Marisa assumiu a coordenação da 5ªRT. Na eleição do último sábado, que aconteceu de maneira simultânea em todas as regiões tradicionalistas, a votação da 5ª RT ocorreu no CTG Lanceiros de Santa Cruz. A chapa 1, denominada “Parceiros da Tradição”, liderada por Marisa Rossa, foi eleita com 37 votos. A posse, tanto do Conselho Diretor do MTG quanto dos coordenadores e vice regionais, acontecerá neste sábado, 10, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. A gestão é para o biênio 2023/2024.

Quem é Marisa Rossa

Marisa Rossa é analista de Recursos Humanos. Mãe de um rapaz de 22 anos, e que foi a porta de entrada dela para o movimento, é formada em Administração com especialização em Psicologia do Trabalho. “Gosto de desenvolver as capacidades das pessoas. Tenho total apoio da minha família”. No currículo, ela ainda tem a passagem pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) como presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes).

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Sobre o fato de ser a primeira mulher a comandar a 5ª Região Tradicionalista, Marisa não encara o fato como uma questão de gênero. “É muito mais uma questão de postura e de liderança, independente do sexo. Como mulher, é preciso quebrar algumas barreiras, mostrar a capacidade e é necessário ‘um esforço extra'”.

Ela salienta que não encontrou dificuldades em estabelecer um diálogo com os peões. “Eles perceberam que a minha proposta de trabalho vinha ao encontro dos interesses das entidades. Não tive dificuldades, apesar de saber que o movimento é um pouco ‘fechado e machista'”, pontuou. Marisa destacou, ainda, o diálogo franco e transparente que sempre prezou. “Consegui mostrar aos patrões que tínhamos um único interesse, que era exatamente o bem do movimento e da região através do atendimento às necessidades das entidades”.

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Atualmente, são cinco mulheres coordenadoras de regiões no Estado, vencedoras em chapa única. Marisa é a única vencedora em disputa em chapa com oposição. “Foi uma quebra de paradigma. Estabeleci uma relação de confiança e de transparência no desempenho do meu trabalho.”.

Inclusão será uma das bandeiras da gestão

A equipe de trabalho de Marisa já está montada. Ao todo, são 18 cargos. Segundo ela, procurou identificar pessoas comprometidas com a proposta de trabalho apresentada e com conhecimento na área. “É preciso encontrar três características: conhecimento, disponibilidade de tempo e interesse. A equipe é muito boa. Nós não consideramos o gênero, mas a capacitação.”

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A primeira reunião acontecerá na próxima semana. As propostas se baseiam em cinco pilares: transparência, capacitação, organização, dedicação e inclusão. Sobre o último, Marisa ressaltou que o tema será uma das bandeiras da gestão, a partir do incentivo da participação de pessoas com deficiência intelectual ou múltipla nas atividades do movimento tradicionalista. Durante o Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), Eduarda Gabriele Foleto, de 15 anos, da 5ª Região Tradicionalista (RT), e que tem paralisia cerebral, conquistou premiação. “A Eduarda será o nosso incentivo e exemplo”.

Ela frisa, ainda, que o maior desafio, será identificar e capacitar lideranças dentro das entidades com o objetivo de aprimorar e aperfeiçoar o conhecimento. “O movimento é muito rico e um dos espaços mais democráticos hoje. Sou uma entusiasmada pelo movimento. O principal desafio é manter a equipe de trabalho motivada e focada nas propostas”.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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