Palmeiras e Flamengo, juntos, são responsáveis por mais de um terço da geração de receitas dos principais clubes brasileiros. Esse panorama já se repete há dois anos, colocando as duas equipes em um patamar financeiro diferenciado em relação aos demais times do País. Grêmio e Inter ocupam o oitavo e décimo lugares, respectivamente.
Essa é uma das conclusões de um estudo do Itaú BBA com base nas finanças de 27 clubes do futebol brasileiro. Os dados mostram que, com essa concentração, Palmeiras e Flamengo têm efetiva sobra de receitas para pagar dívidas e, especialmente, fazer investimentos.
A vantagem fica ainda mais acentuada se for levada em conta apenas o EBITDA – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente. Nesse cenário, a soma da geração de caixa dos dois times chega a representar mais de 90% do total arrecadado: foram R$ 236 milhões contra R$ 29 milhões dos outros 25 clubes juntos em 2016.
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Para o coordenador do estudo, César Grafietti, isso favorece as equipes também dentro de campo. “Esses números significam que os dois têm uma capacidade muito maior de competição em relação aos demais clubes”, explica. “Isso porque eles têm mais receitas recorrentes, mais controle de recursos e conseguem ter maior capacidade de investimento, enquanto os outros estão correndo para fechar as contas”.
O valor total das receitas dos 27 clubes analisados cresceu 20% de 2015 para 2016, passando de R$ 3,6 bilhões para R$ 4,3 bilhões – o estudo não leva em conta os valores recebidos a título de luvas pagas pelas emissoras de televisão pelos direitos de transmissão. Entre as receitas recorrentes, a variação foi de 28% em comparação ao exercício de 2015: passou de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,8 bilhões
“São números expressivos e que mostra que a indústria do futebol tem uma grande resiliência, já que a gente vem de dois anos de recessão, com queda de PIB consecutiva em 2015 e 2016”, avalia Grafietti.
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O Palmeiras lidera o ranking de faturamento entre os clubes brasileiros no exercício de 2016 com R$ 469 milhões. O crescimento do time foi de 56% se comparado a 2015. O clube foi fortemente impactado pelas cotas de TV, que aumentaram 45%, mas também por contratos de publicidade (39%) e bilheteria, que inclui o programa de sócio-torcedor (35%). Até a venda de atletas, tradicionalmente fraca no clube, saltou de R$ 5 milhões para R$ 51 milhões.
Em segundo lugar no ranking, o Flamengo apresentou crescimento de 21% nas receitas (R$ 408 milhões em 2016), também por causa das cotas de TV, que aumentaram 69%. O São Paulo aparece em terceiro com crescimento de 30% (R$ 369 milhões) e o Corinthians em quarto, com 13% de crescimento em 2016 (faturou R$ 336 milhões). Em quinto, o Atlético Mineiro aparece com R$ 300 milhões, um crescimento de 29% comparado a 2015.
Confira, de acordo com o estudo do Itaú:
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1º – Palmeiras (R$ 469 milhões)
2º – Flamengo (R$ 408 milhões)
3º – São Paulo (R$ 369 milhões)
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4º – Corinthians (R$ 336 milhões)
5º – Atlético Mineiro (R$ 300 milhões)
6º – Santos (R$ 245 milhões)
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7º – Cruzeiro (R$ 225 milhões)
8º – Grêmio (R$ 225 milhões)
9º – Vasco (R$ 213 milhões)
10º – Internacional (R$ 212 milhões)
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