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PAIXÃO

Saiba quais são as lições de Oscar Schmidt para os empresários de Santa Cruz

Foto: Albus Produtora

Saiba quais são as lições de Oscar Schmidt para os empresários de Santa Cruz

Ex-atleta apresentou a palestra “Paixão” em Santa Cruz do Sul nessa terça, na Convenção Regional da CDL

Treinar a mente para inovar no futuro. Esse foi o tema da Convenção Regional da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). A quarta edição do evento reuniu aproximadamente 300 pessoas na tarde dessa terça-feira, 21, no Parque da Oktoberfest. A temática foi escolhida para instigar os varejistas a refletir sobre suas experiências e explorar inovações, especialmente com o Natal – momento muito aguardado pelo comércio – se aproximando.

“Estamos sentindo, principalmente no pós-pandemia, uma dificuldade no comércio de varejo em conseguir enxergar com mais brevidade tendências do futuro”, disse o presidente da CDL de Santa Cruz, Ricardo Bartz. “Muitas vezes, no meio da correria do dia a dia, ficamos no modo automático. Mas é preciso treinar o nosso psicológico para entender que a inovação não é fazer algo novo, mas fazer um pouco diferente do que os nossos parceiros e concorrentes vêm fazendo.”

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Para isso, a entidade convocou os associados para uma tarde de debate com três palestrantes. Entre eles, a “mão santa” do basquete, Oscar Schmidt. Após se aposentar das quadras, em 2003, passou a realizar palestras motivacionais pelo Brasil. Vinte anos depois, soma mais de 800 participações e mais de 500 empresas atendidas, conquistando quatro prêmios Top of Mind de Melhor Palestrante. “Sou o maior palestrante do Brasil, tenho 2,05 metros”, brincou.

Especialistas na área de varejo

A convenção também contou com a presença de dois palestrantes especialistas na área de varejo. Fabiano Zortéa trouxe experiências sobre o comportamento do consumidor e as principais tendências mundiais para o comércio, apresentadas em passagens por convenções voltadas ao setor.

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Em seguida, Artur Vasconcelos abordou tendências de consumo e analisou o que tem sido valorizado pelo consumidor. Ele é coordenador dos Programas de Pós-Graduação de Mercado da ESPM/SUL e professor de Planejamento Estratégico e Marketing Estratégico. Frisou aos empresários a importância de estabelecer conexões com os clientes e ver o que eles conseguem oferecer de diferente dos grandes varejistas.

Humor e paixão marcam a fala do atleta

O humor foi um dos principais artifícios do atleta em “Paixão”, título da apresentação feita para os empresários de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo. Durante 70 minutos, contou sua história e explicou como o adolescente Oscar Daniel Bezerra Schmidt saiu de Natal, no Rio Grande do Norte, e se tornou o maior pontuador da história do basquete. 

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E além da exibição de vídeos com os momentos mais marcantes de sua trajetória, ele transformou a viagem ao passado do jogador numa experiência introspectiva. Sem papas na língua, revelou o que passou em sua mente e nos bastidores das principais partidas pelo mundo afora, a chegada ao Hall da Fama do Basquete e o combate ao câncer no cérebro.

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Seu segredo, segundo ele, se deve a cinco valores: sonho, treino, obstinação, time e paixão. Tudo isso para exteriorizar a importância da capacitação na sua vida e mostrar que não precisa ganhar um Pan-Americano – como ele, em 1987 – para fazer a diferença, mas buscar as pequenas vitórias no dia a dia. “Treine, treine muito. E quando estiver bem cansado, treine mais um pouquinho, porque é esse pouquinho que vai fazer a diferença”, enunciou.

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Na palestra “Paixão”, Oscar Schmidt revelou os segredos que o levaram a se tornar uma das maiores referências do basquete | Foto: Albus Produtora

Para o presidente da CDL Santa Cruz, Ricardo Bartz, a história narrada pelo atleta é sobre superação, persistência e motivação, que se encaixaram perfeitamente na proposta do evento. “O Oscar não deixou de ser um empreendedor. Ele empreendeu na carreira dele, empreendeu como atleta e foi uma pessoa que teve sucesso. E nós podemos fazer uma analogia para dentro dos nossos negócios”, destacou.

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História exemplar nas quadras e de superação fora delas

Antes do evento dessa terça, Oscar Schmidt conversou com os jornalistas na sala da Associação de Entidades Empresariais (Assemp), no Pavilhão Central do Parque da Oktoberfest. Ex-atleta de 65 anos, o potiguar de 2,05 metros é o maior pontuador na história do basquete, com 49.737 pontos. Teve a maior façanha da carreira ao liderar a virada da Seleção Brasileira diante do poderoso Estados Unidos na final do Pan-Americano de Indianapolis (placar de 120 a 115), na primeira derrota norte-americana em casa.

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Em clubes, Oscar passou por Palmeiras e Sírio, quando recebeu as primeiras oportunidades na Seleção e conquistou o bronze no Mundial de 1978, nas Filipinas. Depois foram 11 temporadas na Itália, tornando-se ídolo no Juvecaserta e Pavia. Na Espanha, foram dois anos no Forum Valladolid. Na volta ao Brasil, atuou por Corinthians, Bandeirantes, Mackenzie e Flamengo, até encerrar a carreira em 2003. Em 2022, venceu uma batalha de 11 anos contra um câncer no cérebro. Ele faz parte do Hall da Fama da Fiba, dos Estados Unidos e da Itália.

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O que ele disse

Importância do trabalho duro
“São muitas histórias. O que me orgulho é de ter sido sempre o primeiro a chegar e o último a sair, até quando parei, aos 45 anos. Valeu a pena. Às vezes, fico assustado quando sento na minha sala de troféus e fico observando. Foi uma carreira boa.”

Relação com o Corinthians de Santa Cruz do Sul
“Vocês foram felizes de ter o Ary Vidal. Conquistaram o Brasileiro em 1994. A final que eu tive contra em 1996 foi das minhas conquistas mais brilhantes. Perdemos o primeiro jogo e depois ganhamos os outros três. Eu estava voltando ao Brasil e nem imaginava conquistar aquele título.”

Olimpíada de Seul
“Se eu acerto o último arremesso, o Ary Vidal continua com a gente e seríamos campeões olímpicos. Aquilo me impediu de ter o maior título. Deveria ser proibido que o jogador bom erre um último arremesso. É o maior horror que eu tenho na vida. Única coisa que eu me arrependo.”

Percepção em relação ao basquete
“Eu acompanho os jogos pela televisão. O basquete não mudou, mas o perfil dos atletas se modificou. Eu recusei a NBA para jogar na Seleção Brasileira. Atualmente, os garotos não pensam duas vezes. Há exceções, como o Yago. Ele tem essa vontade. Alguns jogam pela Seleção para passar o tempo. Eu fazia de tudo para jogar. Esperava pelas convocações.”

Hall da Fama
“Aquilo foi demais. Recebi a notícia quando estava dirigindo em Orlando. Minha perna tremeu. Para o dia da cerimônia, escrevi o nome de entidades e pessoas em um papel. O Gary Payton [ex-jogador norte-americano de basquete] chegou com um iPad. Mas foi um sucesso. Adorei ter feito o discurso. Utilizei minha experiência de palestrante.”

Formação de atletas
“Dias atrás, encontrei um empacotador de 2 metros em um supermercado. Ele disse que nunca havia tido chances para jogar basquete. Falei que ele deveria ter procurado. Já estava com 20 anos. Basta colocar um cara em uma comunidade. Quando encontrar um cara grande, dá essa oportunidade.

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