O acidente vascular cerebral (AVC) acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é o principal motivo de incapacidade no Brasil, com uma incidência anual de 108 casos a cada 100 mil habitantes. É a segunda principal causa de mortes no País.
Para esclarecer fatores de risco, sintomas e outras dúvidas, a médica neurologista Marília Costa concedeu entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM. Segundo a especialista, o AVC tem dois subtipos, o isquêmico e hemorrágico. “É importante fazer essa diferenciação. Um é o entupimento de artérias, que é o isquêmico, e o outro, o hemorrágico, é quando rompe uma artéria. O isquêmico é o mais comum, com incidência de 80%, e o hemorrágico com 20%.”
LEIA TAMBÉM: Hipertensão arterial: um risco silencioso e que requer atenção
Publicidade
E por que, afinal, casos de AVC ocorrem mais em dias frios? Marília destaca que o frio é o responsável por contrair as artérias, aumentando a pressão. “Estuda-se que há mais possibilidade no inverno porque um fator de risco é a pressão alta. No verão, a gente fica com os vasos mais dilatados e a pressão tende a baixar.” Ouça a entrevista na íntegra abaixo
A médica explica que o AVC é um déficit neurológico súbito, isto é, chega de repente. Apesar disso, é importante prestar atenção em alguns sinais. “Se o sorriso fica torto, se a pessoa não consegue abraçar, não consegue cantar uma música, fica com a fala enrolada, isso é um sinal de urgência, tem que chamar o Samu e ir para o hospital”, alerta.
LEIA TAMBÉM: OMS: estudo aponta que longas horas de trabalho aumentam risco de morte
Publicidade
Muitas vezes, o AVC pode causar a perda de consciência, o que precisará ser investigado posteriormente. Além disso, em muitos casos o paciente pode não se dar conta de algum déficit e isso será percebido por algum familiar. “Se está notando uma diferença, é importante procurar atendimento médico, porque há tratamento”, observa Marília.
Fique atento
As chances de uma pessoa ter um AVC aumentam quando ela sofre de pressão alta, colesterol alto, tem histórico familiar do mesmo problema ou mesmo uma dor de cabeça específica. “Não é toda dor de cabeça. Um alarme é se a pessoa nunca teve dor e agora está tendo. E existe um tipo de dor de cabeça muito específico, que a gente chama de ‘cefaleia em trovoada’. Ela atinge o pico máximo de um minuto,
é uma dor súbita. Às vezes o paciente pode até perder a consciência.”
LEIA TAMBÉM: Morre Luiz Clovis Vieira, coordenador da 5ª Região Tradicionalista
Publicidade
Além dessa dor de cabeça, a enxaqueca com aura também pode ser considerada um fator de risco. “É uma enxaqueca associada com sintomas como ver estrelinhas, sentir formigamento, enjoo, alteração na visão”, frisa a médica.
Prevenção
De acordo com a médica neurologista, alguns hábitos são importantes para evitar o AVC. “É preciso regular a alimentação, evitar o tabagismo, controlar a pressão e o colesterol, fazer atividade física, controlar o peso e a diabetes”, orienta Marília.
*Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
Publicidade
LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade