Muito antes da pandemia e das lives beneficentes, quando aglomerações eram comuns e até almejadas, um evento marcou a história da música pop – e do rock – para sempre. Em 1985, o Live Aid reuniu alguns dos maiores nomes da música mundial da época a fim de arrecadar fundos para auxiliar o combate à fome no continente africano. E é por causa dessa iniciativa que se comemora o Dia Mundial do Rock em 13 de julho.
O Live Aid foi organizado pelo cantor irlandês Bob Geldof e era uma empreitada ambiciosa: dois festivais em estádios lotados, um no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, EUA, e o outro no lendário Wembley, em Londres, Inglaterra. Além dos cerca de 80 mil espectadores em cada, havia uma plateia estimada em 2 bilhões de pessoas pelo mundo inteiro assistindo aos concertos pela televisão.
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Entre os artistas que participaram do Live Aid estavam o Queen, Paul McCartney, U2, The Who, Elvis Costello, Sting, Phil Collins, Dire Straits, David Bowie, Elton John, B.B. King, Black Sabbath, Judas Priest, The Beach Boys, Santana, Kool & The Gang, Madonna, Neil Young, Eric Clapton, Crosby, Stills, Nash & Young, Mick Jagger e até uma reunião do Led Zeppelin.
A apresentação do Queen, aliás, foi tão icônica que ganhou uma adaptação quase quadro a quadro na cinebiografia Bohemian Rhapsody, com Rami Malek no papel de Freddie Mercury.
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O Live Aid ocorreu em um período de ouro para os super-festivais. Impulsionados pelo mítico Woodstock, realizado em 1969, os festivais passaram a ganhar força e corpo na década de 1970 até se moldarem como um formato gigantesco, reunindo grandes nomes da música, como conhecemos hoje.
Iniciativas de caridade envolvendo a reunião de astros também estavam em voga na época: em 1971, George Harrison organizou o Concert for Bangladesh; em 1979, Paul McCartney encabeçou o Concert for Kampuchea; em 1984, um ano antes do Live Aid, ocorreu o Band Aid, que reuniu estrelas da música para gravar Do They Know It’s Christmas?; pouco tempo depois, Michael Jackson, Stevie Wonder e Lionel Richie se inspiraram na ideia para We Are the World.
O sucesso do Live Aid foi tamanho que chega a ser difícil calcular quanto se arrecadou ao todo com os shows. As estimativas partem em 40 milhões de libras e chegam à casa das 150 milhões de libras. Pela iniciativa, Geldof chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Além, é claro, de ter inspirado a criação do Dia Mundial do Rock na data em que ocorreu seu evento.
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