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INFRAESTRUTURA URBANA

Saiba por onde passam as sangas e arroios de Santa Cruz

Canalizado há décadas, o Arroio Jucuri começa no Acesso Grasel, nas redondezas do Loteamento Serra Azul. Também é conhecido por muitos santa-cruzenses como Sanga Preta e está visível em poucos locais

Os santa-cruzenses mais jovens ou mesmo as pessoas que se mudam para Santa Cruz do Sul não conseguem mais perceber a quantidade de arroios e sangas que correm na zona urbana. Isso porque, nas últimas décadas, quase todos eles passaram por obras de canalização e cobertura, de modo que atualmente não é mais possível identificá-los em muitos lugares por onde passam.

Esse processo foi necessário em função da urbanização desordenada, que acabou por transformar alguns desses cursos d’água em grandes redes de esgoto a céu aberto. Ainda que hoje estejam fechados em quase toda a extensão, a Secretaria Municipal de Planejamento e Orçamento possui um georreferenciamento de todo o território do município.

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Por meio desse sistema, é possível consultar a localização e o trajeto de todos os arroios, sangas, redes de coleta de águas pluviais e redes de esgoto cloacais sob responsabilidade da Prefeitura. A Gazeta do Sul teve acesso e traz ao leitor informações para incentivar a população a conhecer mais sobre a cidade e suas infraestruturas que não são vistas no dia a dia.

No passado, Arroio do Moinho foi ponto de pesca e até balneário

Um importante curso d’água de Santa Cruz é o Arroio do Moinho, cuja nascente está localizada no Cinturão Verde, próximo à Avenida Léo Kraether, no Bairro Belvedere. Na sequência, ingressa no Bairro Margarida, onde ainda pode ser visto sem canalização em diversos pontos. No passado, as águas eram tão limpas e puras que permitiam a pesca e até mesmo o banho.

Nas décadas de 1960 e 1970, havia diversas chácaras ao longo do leito nas quais, durante o verão, a população aproveitava para se refrescar. Conforme o jornalista José Augusto Borowsky, que morou naquela região de Santa Cruz nessa época, o Arroio do Moinho tinha água límpida e peixes em abundância. “Na chácara do José Paulo Rauber havia até uma espécie de represa, o pessoal tomava banho nos dias quentes e alguns até usavam caiaques”, recorda.

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“As pescarias também eram muito comuns, havia muitos carutes, jacundás (peixe também chamado de joaninha) e muçuns, todos em grande quantidade.” Nos fins de semana, a população também utilizava o local para piqueniques.

Ele lembra que o arroio passava nos fundos do antigo moinho de milho de Peter Assmann e mais tarde foi canalizado, nas proximidades da Rua do Moinho e Gaspar Silveira Martins. “Hoje, infelizmente, não tem mais nada disso. A água é poluída pelo esgoto e Santa Cruz perdeu esses paraísos que tinha antigamente”, lamenta. Após o Margarida, o Arroio do Moinho desce em sentido Sul e passa ainda pelos bairros Bonfim e Arroio Grande até se encontrar com o Arroio das Pedras.

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Este, por sua vez, é outro curso d’água muito importante para o município. Ele nasce em uma área próxima à divisa de Santa Cruz e Passo do Sobrado e corre sem cobertura ao longo dos Bairros Aliança e Arroio Grande, onde ainda pode ser visto próximo ao loteamento Motocross.

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Passa a ser coberto ao lado do Ginásio do Flamengo, na Rua Carlos Baumhardt, mas volta a ser visto no quarteirão entre as ruas Boaventura Kolberg e Barão do Arroio Grande, seguindo a céu aberto pela Avenida Castelo Branco e bairros Ana Nery, Faxinal Menino Deus e Santa Vitória, até se encontrar com o Rio Pardinho, em Vera Cruz.

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O Arroio das Pedras também é o destino final de outros dois riachos, o Arroio Santo Antônio, que nasce na Rua Maringá, no Bairro Santo Antônio, e se une ao Arroio das Pedras próximo à Rua São Borja, no Bairro Castelo Branco. Há ainda a Sanga São João, que tem início no Bairro São João, nas redondezas da Rua Padre Felipe Sauer, e passa pelo Bairro Arroio Grande.

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Ela ganhou destaque quando teve um de seus trechos coberto na Rua Antônio Koehler. A via recebeu iluminação, ajardinamento e pergolados, ficando conhecida como Nova Imigrante. Nessa mesma rua, ela também deságua no Arroio das Pedras.

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Arroio da Gruta e Arroio Imigrante se unem ao Jucuri, que cruza o município e encontra seu fim na Estação de Tratamento de Efluentes
Arroio das Pedras nasce em uma área perto da divisa de Santa Cruz do Sul com Passo do Sobrado, cruza vários bairros e desemboca no Rio Pardinho

Metade Norte tem três grandes arroios já canalizados e cobertos em partes do traçado

Em dezembro do ano passado, por ocasião do desabamento de parte da cobertura do Arroio Imigrante, localizado ao longo da Avenida do Imigrante, no Centro, a preocupação das autoridades e da população com a conservação das canalizações e coberturas dos arroios aumentou. Após vistoria feita pela equipe de engenharia da Prefeitura em parceria com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), verificou-se a necessidade de substituir toda a cobertura.

O que muitos não sabem, porém, é que o Arroio Imigrante é o menor dos três que cruzam a área central e as zonas Norte e Leste do município. O maior deles é o Arroio Jucuri, conhecido por muitas pessoas como Sanga Preta, cuja nascente fica no Acesso Grasel, nas redondezas do Loteamento Serra Azul.

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De lá, desce pelo Cinturão Verde e pode ser visto ainda descoberto nas ruas Alfredo João Filter e José Bonifácio, no Bairro Santo Inácio. Ele segue no sentido Oeste até o Bairro Universitário, onde ainda há um trecho a céu aberto na Travessa Meinhardt e Avenida Independência.

Logo na sequência, é novamente fechado e só volta a ser percebido no Bairro Avenida, nas proximidades do cruzamento entre as ruas Coronel Oscar Jost e São José. Em sentido Sudoeste, passa pelo Bairro Goiás e BR-471, onde desemboca no Arroio Preto, que também é o destino final do Arroio Lajeado. De lá, as águas contornam o Rio Pardinho e chegam até a Estação de Tratamento de Efluentes Pindorama, próximo aos bairros Santuário e Santa Vitória.

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O segundo maior é o Arroio da Gruta, que nasce no Bairro Country, nas proximidades da Rua Paulo Gabriel Aloísio Jungblut, e desce pelo mesmo Cinturão Verde até passar pelo Parque da Gruta. De lá, segue aberto pelas áreas de mata do Bairro Higienópolis até ser canalizado. Ele passa pelas ruas Osvaldo Cruz, Adolfo Henning e Juca Werlang ainda no Higienópolis, quando ingressa no Santo Inácio e passa pela Oscar Jost até desaguar no Arroio Jucuri, próximo à Rua José Bonifácio.

Já o Arroio do Imigrante, como o nome sugere, tem quase toda a sua extensão ao longo da Avenida do Imirante, no Centro. Seu início, porém, é na Rua Sete de Setembro, passando pela Rua Galvão Costa antes de chegar à sua via principal. Após a Imigrante, passa ainda sob a Rua Coronel Oscar Jost, cruza por baixo do Shopping Santa Cruz e chega à Rua Santos Dumont, onde encontra o Arroio Jucuri.

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