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Saiba o que muda com a bandeira vermelha em Santa Cruz

A decisão do governo do Estado de deixar a região na bandeira vermelha do modelo de distanciamento controlado tem gerado divergências entre os integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). Na noite da última segunda-feira, os prefeitos se reuniram e aprovaram a proposta de gestão compartilhada, protocolada junto ao Piratini no começo da tarde dessa terça-feira, 25. Contudo, alguns deles entendem que podem permanecer sob as regras da bandeira laranja até que o governador aprove a cogestão, enquanto outros decidiram atender às normas da cor vermelha.

Conforme o presidente da Amvarp e também prefeito de Candelária, Paulo Butzge (PSB), a instituição entende que não há a necessidade de a região adotar restrições tão rígidas quanto as da bandeira vermelha. Segundo ele, os dados apresentados pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) mostram condições para a permanência das regras da cor laranja. “A cogestão está dizendo, em linhas gerais, que neste momento podemos manter as regras da bandeira laranja. É só isso, em síntese”, ressalta.

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Juntamente com a proposta, a Amvarp encaminhou uma solicitação ao Estado para que os municípios do Vale do Rio Pardo possam permanecer sob bandeira laranja até a gestão compartilhada entrar em vigor – ainda não respondida pelo Estado. A Amvarp entende que os municípios ficaram liberados para fazer o julgamento que acharem melhor, ou seja, seguir de imediato a bandeira vermelha determinada pelo modelo ou continuar sob as regras antigas até que a gestão compartilhada seja homologada e passe a vigorar.

Santa Cruz do Sul, ainda que integrante da Amvarp, optou por seguir os protocolos definidos pelo Estado para a cor vermelha enquanto aguarda a cogestão. O decreto municipal que define alguns dos protocolos para essa bandeira foi assinado nessa terça pelo prefeito Telmo Kirst (PSD) e já está em vigor. Conforme a procuradora-geral do Município, Trícia Schaidhauer, as flexibilizações das regras feitas pela Prefeitura ficam agora pausadas, voltando a ser discutidas caso a região retorne à bandeira laranja.

Representante de um dos setores mais atingidos pela pandemia, o Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas) se manifestou por meio do presidente, Mauro Spode. Segundo ele, o clima é de apreensão, mas a entidade acredita no bom senso dos gestores para reverter o quadro por meio da cogestão. “O Sindilojas não é contra os protocolos, e eu acredito que o comércio está fazendo a sua parte. Infelizmente, nas ruas não percebemos os mesmos cuidados que as lojas estão tendo”, afirma.

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AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

Comércio não essencial: fica estipulado um limite de dias e horários para funcionamento presencial, a ser definido pelos municípios. Conforme o decreto, em Santa Cruz esse setor pode funcionar de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas. Nos demais dias, somente via telentrega e drive-thru.

Restaurantes: terão as mesmas limitações de dias e horários do comércio. Funcionam de terça a sábado, das 10 às 17 horas, com limite de 50% do efetivo de funcionários e 25% da lotação de clientes. Permanece vedado o bufê self-service, permitidas somente as modalidades de prato feito e bufê servido por funcionário do local. No domingo e na segunda-feira, permitido apenas atendimento não presencial.

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Lancherias: ficam proibidas de atender presencialmente, operando somente por meio de telentrega, retirada no balcão e drive-thru. Não há limite de dias e horários.

Supermercados: a única mudança é no limite de trabalhadores por turno, que cai de 75% para 50%. Os horários não sofrem alteração, e não existe limitação de uma pessoa por família.

Academias de ginástica: não há mudanças, permanecem com teto de 25% da capacidade, atendimento individualizado e espaço mínimo de 16 metros quadrados por usuário.

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Hotelaria: hotéis dentro das cidades ficam limitados a 40% da lotação máxima. Para os que ficam na beira das estradas, esse limite é de 75%.

Órgãos públicos: serviços considerados essenciais não mudam, já os não essenciais terão teto de 25% dos servidores e atendimento mediante agendamento.

Escritórios: unidades de contabilidade e advocacia poderão trabalhar com atendimento individualizado, previamente marcado. O teto de operação é de 50%.

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Utilidade pública: abastecimento de água e esgoto, fornecimento de energia elétrica, gás e coleta de lixo funcionam normalmente.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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