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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Saiba o que motiva picos de registro das doenças respiratórias em crianças

Procura é maior no Cemai, mas os postos estão estruturados para atender as famílias

A chegada dos dias mais frios acarretou incremento na demanda de atendimento pediátrico em Santa Cruz do Sul, como de resto tem sido apontado na região e no Estado. A Secretaria Municipal da Saúde identificou forte aumento na procura nos diversos postos, mas em especial junto ao Centro Médico Ambulatorial Integrado (Cemai).

Clauceane: muitos sintomas respiratórios

Clauceane Venzke Zell, supervisora médica da atenção básica na rede de saúde municipal, observa que esse panorama até é compreensível para o outono. É a época das alterações bruscas de temperatura, com amplitudes térmicas que vão de menos de 10 graus a quase 30 graus no mesmo dia, e em questão de poucas horas.

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Mas ela reconhece que a forte procura de pais com crianças pequenas tanto no Cemai quanto em outros postos de saúde da rede municipal foi realmente anormal. Os dados levantados pela Secretaria da Saúde evidenciam isso: entre 1º e 12 de fevereiro, haviam sido registrados 1.232 atendimentos pediátricos no plantão do Cemai; já entre os mesmos dias de março, a procura subiu para 1.538 atendimentos; por fim, em abril, houve 1.757 atendimentos no mesmo período. É um salto de mais de 500 pacientes no total, ou 42,65% a mais entre fevereiro e abril.

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Os sintomas respiratórios são as principais queixas encontradas, em geral com sintomas leves, como coriza, febre, tosse e diarreia. Clauceane observa que a maioria das situações envolve de viroses, cujo quadro é ampliado a partir da retomada das aulas presenciais. Quando uma criança em uma das turmas apresenta algum sintoma, diante da aglomeração, várias outras crianças podem ser contaminadas em virtude da fácil transmissibilidade.

Essa alta demanda naturalmente acarreta uma demora um pouco maior nos atendimentos, em virtude da pressão sobre a estrutura existente em cada posto, e que se agrava pelo fato de muito pais procurarem direto o Cemai. Em alguns dias, a demora chegou a ser de três horas para o atendimento no local, mas essa dificuldade tem sido relatada em muitas regiões gaúchas.

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Cenário depois de dois anos de pandemia

A médica Clauceane Venzke Zell observa que o cenário de doenças respiratórias típicas de inverno em 2022 pode estar sendo mais complexo, tendo em vista que não houve aulas presenciais nos últimos dois anos. Ou seja, todas as crianças ficaram em casa, não tendo sido tão facilmente sujeitadas a essas viroses. E, com isso, inclusive uma geração mais recente de pais talvez esteja tendo a sua primeira experiência de ver o filho contrair doença respiratória, e este até mais vulnerável a viroses porque o organismo não criara resistência.

Segundo ela, a partir dos 2 anos e até os 5 anos, quando o quadro costuma arrefecer, é comum as crianças sofrerem com sintomas respiratórios. “Nariz escorrendo, febre e tosse são sinais típicos nessa idade”, frisa. Diz que, por essa razão, aconselha-se tanto o aleitamento materno, até os seis meses, que ajuda a criar maior resistência no organismo dos pequenos.

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Clauceane orienta os pais a não buscarem atendimento logo após o primeiro pico de febre. Sugere que agasalhem bem a criança e a monitorem por ao menos um dia, até para evitar a exposição dela, talvez desnecessária, ao risco de outras contaminações em virtude das aglomerações nos postos. “Se repararem que o quadro não melhora, que a criança fica mais ofegante, então, sim, podem levá-la para uma consulta”, afirma. E lembra que todos os postos de saúde da rede municipal estão preparados, com profissionais habilitados e competentes, para prestar esse atendimento.

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“As pessoas têm ido muito direto ao Cemai, e com isso se sobrecarrega a equipe de lá, que está mais preparada para atender a casos mais graves, como crianças asmáticas ou com laringite”, cita. “Temos 32 equipes de saúde em diferentes postos, inclusive a UPA. Todos estão à disposição para atender bem em pediatria.” E salienta que, ao mesmo tempo, ainda há alguns casos de Covid-19 em crianças, embora em níveis bastante baixos, e também de dengue, situação em que se registra um quadro de muito mais dor.

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