Saiba mais sobre o movimento “Comprar aqui é bom demais”

A Gazeta Grupo de Comunicações atua há 77 anos integrada aos anseios e necessidades do Vale do Rio Pardo. A cada novo gargalo, em diferentes áreas, abraça a ideia, lança campanhas e incentiva a busca de soluções, seja de ordem estrutural, como a Duplica 287, ou social, como a recente ação de auxílio a Rio Pardo, município atingido por temporal.

Atualmente, tem se formado um hábito que é decorrência da facilidade, possibilitada pela globalização e acesso à internet, de comprar online. O público, com o argumento de que faz pequenas economias, tem adquirido produtos e serviços de outros lugares, ocasionando uma evasão de recursos da região. Há casos, claro, em que o item não está disponível nas cidades que integram a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), o que justifica a busca.

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Em muitos outros, no entanto, podem ser adquiridos, de forma presencial ou online, de empresas locais. Essa prática beneficia diretamente os empreendimentos, que veem ampliada a necessidade de abertura de vagas. Além disso, geram mais impostos que são transformados pelo setor público em serviços para a comunidade. “Temos que criar essa consciência na população. Não estamos sendo bairristas. O que queremos é criar um ambiente positivo”, diz o gestor executivo da Gazeta, Jones Alei da Silva, ao apresentar o movimento “Comprar aqui é bom demais”.

O lançamento oficial foi na quinta edição de 2022 do Projeto Gerir – Workshops de gestão organizacional. Incentivar o comércio, a indústria, o poder público e a população regional é uma prática comum ao grupo de comunicação, mas a iniciativa atual vai além. “É um movimento que precisa ser constante e permanente para que, efetivamente, a qualidade vida das nossas comunidades melhore cada vez mais”, acrescenta.

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O tema pautou a participação dos painelistas, o economista Luiz Antonio Morais do Nascimento e o gerente regional do Sicredi Vale do Rio Pardo, Igor Stertz. “Todo o dinheiro que é captado na região fica aqui, ele não é partilhado com outras cooperativas”, explica Stertz. Exemplificou com o programa de fomento à instalação de sistemas de geração de energia fotovoltaica, ofertado para mais de 3 mil pessoas e que resultou em economia de R$ 179 milhões, desde 2017. “Esse dinheiro não foi para a concessionária, ele ficou aqui e acreditamos que tenha contribuído para o desenvolvimento dos nossos municípios.”

Apoiam a iniciativa a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Associação das Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz (ACI), Câmara dos Dirigente Lojistas Santa Cruz do Sul (CDL), Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Vale do Rio Pardo (Sindigêneros), Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas), Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Empório Adamantis.

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Retorno imediato

O movimento “Comprar aqui é bom demais”, como defende Jones Alei da Silva, não deve ser encarado como algo momentâneo. Deve ter sequência e ser incrementado com o passar do tempo. O retorno para a população, em virtude da engrenagem de funcionamento da economia, é imediato. É como um círculo: comprando mais na região, gera mais renda para as empresas e faz com que seja necessária a abertura de vagas de emprego; com mais gente trabalhando, mais recursos circulam nos municípios, o que é transformado em maior arrecadação de impostos; com mais verba nos cofres públicos, mais serviços podem ser oferecidos aos contribuintes, como escolas com mais qualidade, saúde com mais opções de atendimento, mais estradas e segurança. “Sabemos que os iguais unidos são mais fortes, e nós podemos mais se não desperdiçarmos tempo e recursos comprando fora”, diz Jones Alei.

Ação regional

A titular da Secretaria de Finanças de Mato Leitão, Marlise Viviane de Bittencourt, acompanhou pela primeira vez o projeto Gerir. Ela destaca o lançamento do movimento “Comprar aqui é bom demais” como importante suporte para as campanhas de incentivo ao comércio local, tanto no varejo quanto no atacado ou indústria. “Os municípios têm as suas ações, mas uma iniciativa regional pode trazer grandes resultados, ainda mais com a possibilidade de divulgação da marca e sensibilização da comunidade”, enfatiza.