A primeira imagem sacra da antiga Igreja Matriz (hoje Catedral) de Santa Cruz veio da Alemanha e está preservada. A relíquia foi tema de artigo do falecido padre Walter Giehl, na Gazeta de 17 de julho de 1979. Ele comentou sobre a religiosidade dos imigrantes que chegaram a partir de 1849. Disse que patrocinaram a compra de vários objetos sacros para as igrejas, como imagens de santos. Algumas encontram-se na Catedral São João Batista e em templos do interior.
No livro-tombo da paróquia, encontrou o registro referente à primeira imagem de Nossa Senhora doada para a matriz. O presente foi de Bárbara Haas, Martinho e Joana Schweikert, Ana Schweikert, Martinho e Francisca Weiss, oriundos de Wiesental (Alemanha).
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A estátua representa a santa sobre o globo terrestre, “pisando com seu sagrado pé a serpente infernal”. Quando foi construída a Catedral, ela foi guardada na sacristia e, mais tarde, doada para o Seminário São João Batista.
Curioso, Giehl localizou a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No texto, faz uma descrição emocionada da peça sacra, que classificou como singela e muito linda. “As mãos postas sobre o peito, o rosto suavemente inclinado e os olhos baixos, em atitude de contemplação e oração.”
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E prosseguiu: “Uma coroa de rosas brancas em volta da cabeça. Duas fitas presas ao cabelo na parte posterior da cabeça. Vestido branco e um broche fechando o manto azul.” Ela mede 87 centímetros, é de madeira e levemente revestida com gesso.
A introdução da imagem na matriz ocorreu em 1º de janeiro de 1886 (há 137 anos). Houve procissão e cerimônia presidida pelo padre vigário José Stuer. A fabricante foi a Meyer & Cia., de Munique, considerada a mais importante produtora de arte sacra da Alemanha no século 19.
Pesquisa: Gazeta do Sul, 17/7/1979
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