A Diocese de Santa Cruz do Sul vai realizar neste domingo, 29, a celebração eucarística de ordenação episcopal e posse canônica do monsenhor Itacir Brassiani, 64 anos, nomeado pelo Papa Francisco como o quinto bispo da diocese. A cerimônia aberta ao público começará às 15 horas, na Catedral São João Batista.

A celebração será presidida por dom Leomar Brustolin, arcebispo de Santa Maria, e contará com a presença dos co-ordenantes dom Aloísio Alberto Dilli, bispo emérito de Santa Cruz, e dom Guilherme Antônio Werlang, bispo da Diocese de Lages, em Santa Catarina.

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É esperada pela diocese uma grande participação da comunidade, com caravanas provenientes das 51 paróquias da região, incluindo visitantes das cidades de Santo Ângelo, Anchieta, São José do Herval, Passo Fundo e Chapecó. Devido à intensa movimentação de convidados, o monsenhor Itacir não concederá entrevistas no dia do evento, ressaltando a importância desse momento tanto para ele quanto para a diocese.

Brassiani, que desde 2021 era superior provincial para a América Latina dos Missionários da Sagrada Família, em Passo Fundo, foi nomeado pelo Vaticano em junho deste ano, após dom Dilli completar 75 anos no ano passado e ter renunciado ao posto, como rege a tradição da Igreja Católica. Como lema episcopal para seu ministério, o monsenhor escolheu: “Guiados pelo Evangelho da Cruz”. O seu primeiro contato com a comunidade local foi durante a Romaria da Santa Cruz, realizada no dia 8, em Linha Santa Cruz.

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A data será um marco histórico para a Diocese de Santa Cruz. Também passaram pela função de bispo Alberto Etges, Sinésio Bohn e Canísio Klauss. Para quem não conseguir acompanhar a solenidade presencialmente, ela será transmitida pelas redes sociais da diocese (Facebook e YouTube).

Quem é

O monsenhor Itacir Brassiani nasceu em 28 de dezembro de 1959 em Soledade, Diocese de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Concluiu os estudos de Filosofia na Universidade de Passo Fundo. Também estudou Teologia no Instituto Missioneiro de Teologia de Santo Ângelo e obteve a licenciatura em Teologia Sistemática pela Faculdade Jesuíta (Faje) de Belo Horizonte. Em 29 de janeiro de 1984, emitiu a profissão religiosa na Congregação dos Missionários da Sagrada Família e em 21 de fevereiro de 1987 recebeu a ordenação sacerdotal.

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Rito de ordenação

1. A ordenação episcopal e a posse do novo bispo são celebradas durante missa, seguindo um formato tradicional. A cerimônia começa com os ritos iniciais, que incluem saudações e o sinal da cruz, seguidos pela liturgia da palavra, a qual abrange as leituras e o evangelho. Antes da homilia  (reflexão), inicia-se o rito de ordenação episcopal, marcado por uma invocação ao Espírito Santo, realizada por meio de um canto.
2. Um padre apresenta o pedido ao bispo ordenante, dom Leomar, solicitando a ordenação do monsenhor Itacir. Na sequência, é lida a bula papal que confirma a nomeação. Após essa leitura, dom Leomar faz uma homilia, em que reflete sobre o significado da ordenação. Em seguida, o bispo faz perguntas ao Monsenhor Itacir, confirmando seu propósito para assumir a nova função.
3. A ladainha de todos os santos é então entoada, preparando o ambiente para o momento crucial: a imposição das mãos pelos bispos presentes e a oração de ordenação, conferindo ao monsenhor Itacir o dom do Espírito Santo para sua missão como bispo. Durante essa oração, o livro dos evangelhos é colocado sobre a cabeça do monsenhor, simbolizando a centralidade da pregação da palavra de Deus em seu ministério.
4. Depois, sua cabeça é ungida com o óleo do crisma, o que simboliza a especial participação no sacrifício de Cristo. O anel é colocado em seu dedo como sinal de sua fidelidade à Igreja, enquanto a Mitra (espécie de chapéu) representa a busca pela santidade. O cajado, ou báculo de pastor, é entregue a ele, simbolizando sua missão de guiar a diocese.
5. A cerimônia prossegue com a posse, em que dom Leomar conduz dom Itacir até a Cátedra, a cadeira principal da diocese. Ele é acolhido no Colégio dos Bispos, simbolizado pelo abraço da paz dos bispos presentes. A missa continua sob a presidência de dom Itacir, que, após a comunhão, abençoa a congregação pela primeira vez, enquanto o hino “Te Deum” é entoado. Monsenhor Itacir deixa de ser chamado apenas de monsenhor e passa a ser conhecido como dom Itacir.

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