O HIV é um vírus que se espalha através de fluidos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico, conhecidas como células CD4, ou células T. Sem o tratamento antirretroviral, o HIV torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Quando isso acontece, ocorre a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
Mas ter HIV não é a mesma coisa que ter Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar ou desenvolver a doença. Contudo, eles podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
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A infectologista Manoela Vaucher explica que há diversas estratégias para prevenir a infecção pelo vírus do HIV na comunidade, a mais conhecida delas é a utilização de preservativos nas relações sexuais. Outras medidas seriam a profilaxia pré ou pós-exposição e a realização de testes rápidos para o diagnóstico precoce. “O risco de infecção é influenciado por diversos fatores, como as condições sociais, econômicas e culturais. Por isso, devemos adequar as estratégias de prevenção de forma personalizada para cada paciente de acordo com as circunstâncias de sua vida”, afirma.
Ela explica que a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) consiste no uso de medicamentos antirretrovirais com o objetivo de redução do risco de adquirir a infecção pelo HIV. Atualmente a PrEp disponível no SUS é conhecida como Truvada. Consiste em um comprimido que deve ser consumido todos os dias de forma contínua, independentemente de ter ou não relação sexual. A eficácia e a segurança da PrEP já foram demonstradas em diversos estudos clínicos, mas a efetividade é fortemente associada ao uso correto da medicação. Em estudos com pacientes que utilizavam regularmente a PrEP, a redução da incidência do HIV foi de até 95%.
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Recomenda-se que as pessoas que tomam PrEP passem por atendimento médico no mínimo a cada três meses, para:
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A principal indicação da PrEP é para casal em que apenas um deles tem infecção pelo HIV, fornecendo mais segurança para o parceiro(a) que não foi contaminado. Também existem outras indicações que são baseadas no contexto de risco de infecção de cada paciente, como a experiência do paciente com outros métodos de prevenção; frequência e quantidade de parceiros sexuais e histórico de infecções sexualmente transmissíveis.
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A infectologista ainda diz que é muito importante destacar que uma pessoa em uso de PrEP gerencia o risco de adquirir infecção pelo HIV, pois a responsabilidade do uso regular da medicação permanece com o paciente. “A medicação é facilmente tolerada, mas possíveis efeitos adversos devem ser monitorados em consultas regulares com o médico assistente. A motivação na manutenção do uso da PrEP também deve ser reavaliada periodicamente nas consultas médicas. Outro ponto importante é que a PrEP não previne as demais infecções sexualmente transmissíveis, sendo ainda necessário salientar a importância do uso de preservativos”, atesta ela.
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