Com a chegada do Ano-Novo, as famílias decoram a casa e se preparam para a ceia e demais festejos de réveillon. No entanto, quem tem animais de estimação deve tomar alguns cuidados na hora de escolher os enfeites e ficar atento ao que eles podem ingerir durante as festas e jantares.
Curiosos pelas novidades e com o brilho dos itens na decoração, os animais podem querer brincar e acabar danificando os acessórios – ou pior, se machucando com os materiais. “Os tutores devem ter muito cuidado com os enfeites. Há grande risco de que os animais engulam, o que pode causar sufocamento ou gerar a necessidade de cirurgia para retirar do sistema digestório”, alerta a veterinária Pauline Albrecht.
“O pisca-pisca é muito perigoso também, porque o animal pode morder o fio e sofrer um choque elétrico grave”, explica a profissional. Os fios elétricos devem ficar fora do alcance dos pets. Outro cuidado a ser tomado diz respeito à alimentação.
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Com a ceia, os tutores podem se sentir tentados a compartilhar as delícias da mesa com os bichinhos, mas a prática não é recomendada. “Muito importante durante a festa é evitar os petiscos aos animais, pois podem causar infecção intestinal e intoxicações. Se ele estiver acostumado a comer algumas frutas, poderão ser dadas em pequenas quantidades.” Outra dica é evitar que alimentos caiam no chão, facilitando o acesso dos pets.
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Cuidado com os sons
Apesar de sancionada a lei que proíbe fogos com ruído em Santa Cruz do Sul, ela só deve entrar em vigor dentro de seis meses. A queima de fogos, especialmente rojões, é um incômodo para os animais, causando agitação e ansiedade, já que o ouvido dos cães e gatos é bem mais sensível que o dos humanos.
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O som dos fogos pode ser um grande problema para alguns pets, de acordo com a veterinária Pauline Albrecht. “Alguns não se importam, enquanto outros sofrem muito, podem fugir, se perder, se machucar ao pular grades e muros. Há casos até de infartos, provocados pelo estresse e medo”, alerta.
Não deixe o cão ou gato preso em correntes, guias ou trancado em caixas de transporte, pois ele pode entrar em pânico e se machucar tentando se libertar. Para evitar o problema, a veterinária recomenda que os tutores fiquem junto dos animais, tentando acalmá-los. Também é importante manter o pet em um ambiente onde ele se sinta seguro e protegido. “Algumas vezes, o veterinário pode receitar algum sedativo para ajudar”, explica.
Outras técnicas incluem o adestramento e o uso de terapêuticos, como florais, para ajudar a aliviar o estresse. O uso de protetores auriculares ou algodão nos ouvidos do pet também é indicado. Para quem tem gatos, é preciso tomar cuidado com espaços entre móveis, sofás articulados, baús e outros espaços onde o felino pode ficar preso ao tentar se esconder. Quem mora em apartamento deve verificar com antecedência se as telas de proteção estão seguras, para dar tempo de fazer reparos se for necessário.
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AMARRAÇÃO
Outra técnica utilizada nesta época é colocar no cão um colete protetor, ou amarrá-lo com um tecido ao redor do corpo. Basta colocar a faixa na altura do peito do animal e cruzar as pontas depois do pescoço, na altura do dorso. Depois é preciso fazer o mesmo abaixo; por fim, é necessário dar um nó firme, perto da coluna. No entanto, é importante garantir que o colete não esteja apertando ou machucando o animal.
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