A destinação de restos de móveis, resíduos sólidos volumosos e até equipamentos tem sido um problema recorrente para alguns moradores de Santa Cruz do Sul. Em função da última enchente, a Defesa Civil, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, recolheu quatro caçambas com entulhos e móveis que foram danificados pela água em parte do município, especialmente no Bairro Várzea e na Praia dos Folgados.
Essas ações, no entanto, ocorrem apenas em ocasiões específicas, como em épocas de cheias. Segundo o coordenador da Defesa Civil, tenente José Joaquim Dias Barbosa, os mutirões são uma forma de ajudar as famílias atingidas pelas enchentes. Em circunstâncias normais, cada morador de Santa cruz é responsável pelo descarte de seus materiais.
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Moradora do Bairro Várzea, Noeli Freitas, de 54 anos, procurou a Gazeta para falar sobre entulhos que estavam na frente de sua casa desde a última enchente. Ela perdeu alguns móveis e disse que o caminhão da Defesa Civil não passou na Rua Paulo Stahl. No entanto, o tenente Barbosa acredita que algumas famílias daquela rua podem ter perdido o horário do recolhimento, pois a ação iniciou às 7h30 justamente, pela Paulo Stahl.
“Fizemos uma ampla campanha de divulgação informando dia e horário do recolhimento. Nós percorremos todas as ruas que haviam sido atingidas pela enchente, inclusive vias em que a água não chegou. Recolhemos até materiais que não haviam se perdido em virtude da cheia”, afirmou o tenente. Para ajudar a família de Noeli, na última terça-feira a Defesa Civil recolheu os materiais.
A lei 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece que a responsabilidade pela destinação correta dos materiais gerados é de quem gerou. A orientação nesse caso é solicitar serviços de papa-entulhos nas empresas especializadas ou esperar por uma próxima ação. Barbosa explicou que o município não possui um lugar específico para o descarte desses materiais; por isso, quando não houver ações específicas da Defesa Civil em parceria com a Prefeitura, os papa-entulhos passam a ser a alternativa mais correta.
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Ainda de acordo com Barbosa, tem sido recorrente em Santa Cruz o descarte irregular de lixo em lugares impróprios, como acontece nas imediações do Parque de Eventos. No local, foram instaladas cinco câmeras nos principais acessos. Restos de camas, mesas, cadeiras, armários e sofás, dentre outros itens, também podem ser encaminhados para a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat).
A multa para descarte irregular de lixo é de R$ 5 mil em Santa Cruz. A prática é enquadrada na lei como crime ambiental. As denúncias podem ser feitas à Secretaria de Meio Ambiente (3713 8242) e à Guarda Municipal (153).
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Banco de Móveis
Outra iniciativa da Prefeitura, criada em 2019 pela Secretaria de Habitação, é o Banco de Móveis. Quem tiver camas, roupeiros, armários, colchões, geladeiras, máquina de costura ou até mesmo panelas, louças diversas e qualquer tipo de material reaproveitável para doação pode entrar em contato pelo telefone 3715-1895 e agendar uma visita. Uma equipe da pasta vai até o local com um caminhão para fazer o recolhimento.
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Os móveis que precisam de reparos são encaminhados primeiro para a oficina da Prefeitura e, depois de consertados, seguem para as famílias cadastradas, prontos para serem utilizados novamente. A secretaria só não aceita objetos que não tenham mais conserto.
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