Se você já andou em uma praia no dia 1º de janeiro, deve ter percebido que alguns seres humanos são grandes inimigos da natureza. Ou, ainda, que festas de fim de ano não combinam com a preservação ambiental. Contudo, é possível realizar ou participar desses eventos de uma forma mais sustentável. Isso pode acontecer produzindo menos lixo, evitando desperdícios e sabendo separar bem os resíduos, entre outras ações que colaboram para um convívio mais harmonioso com o planeta.
Para a coordenadora dos cursos das engenharias Ambiental, Agrícola e Química da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e professora do Programa de Pós-Graduação – Mestrado e Doutorado em Tecnologia Ambiental da instituição, Adriane de Assis Lawisch Rodriguez, o consumo consciente é uma prática que deveria ser utilizada sempre, com ainda mais intensidade nesta época do ano.
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“Evitar o desperdício, fazendo o planejamento da compra e consumindo apenas o necessário, já ajuda a reduzir a quantidade de lixo produzido. Se isso não for possível, separe as embalagens dos produtos comprados, evitando misturar com restos de alimentos, e faça a destinação correta delas. Há muito valor econômico nas embalagens”, salienta Adriane. “Além disso, quando sair para a praia, leve pelo menos duas sacolinhas (lixo seco e restos de alimentos) para coletar o seu lixo. Isso fará toda a diferença”, completa.
De acordo com a professora, não somente a quantidade, mas também o volume de resíduos – especialmente garrafas de bebidas – aumenta muito nesta época. “Dentro dessa quantidade, há muitos materiais que poderiam ser reciclados. Aqui, novamente a separação correta e a destinação em postos de coleta devem receber atenção. E o descarte irregular desses materiais produz tanto poluição visual quanto degradação ambiental”, afirma.
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Grande parte dos resíduos descartados nesse período é composta por embalagens, isto é, plástico, papel e papelão. Por outro lado, também há aumento expressivo de garrafas de vidro e latas. “As garrafas plásticas representam um problema ambiental pelo volume que ocupam – poluição visual, entupimento de bueiros – e também pelo elevado tempo estimado para sua decomposição. Alguns materiais plásticos demoram mais de cem anos para se degradarem. A mesma observação pode ser feita para o vidro. Por sua vez, as latas apresentam o maior valor econômico e são muito procuradas pelos catadores.”
Ela acrescenta que é possível tornar as festas de fim de ano e o veraneio mais sustentáveis. “O indicado é pensar no meio ambiente na hora da compra, evitar o desperdício, reutilizar embalagens, separar o lixo corretamente e ser responsável pelo ‘seu lixo’ também quando estiver fora de casa”, conclui.
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Débora Leonhardt da Silva é embaixadora do Instituto Lixo Zero em Santa Cruz do Sul, instituição sem fins lucrativos. No município, seis voluntárias trabalham com esse conceito e auxiliam a população a buscar alternativas mais sustentáveis para o dia a dia, para que se consiga amenizar um pouco o panorama das questões ambientais.
“O conceito Lixo Zero prega a separação, a destinação e o encaminhamento correto dos resíduos, trabalhando sempre a conscientização. Incentivamos muito a questão da compostagem para evitar que 50% do lixo que a gente gera em casa, que é orgânico, chegue até os aterros sanitários. Ele pode ser compostado e transformado em adubo orgânico.”
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Para Débora, no veraneio ou em festas de fim de ano, um dos grandes segredos é a organização. “Primar por aquilo que já temos em casa e lembrar de levar, seja para a beira da praia ou balneário, um copinho ou caneco que pode ser usado, ou canudo de inox. Em especial em locais próximos de recursos hídricos, que são o meio de transporte para a poluição plástica nos oceanos”, frisa Débora.
Segundo a embaixadora, é nessa época que o volume de resíduos quase dobra. Uma dica para confraternizações de amigo-secreto, por exemplo, é fazer listas para não correr o risco de presentear a pessoa com algo que ela não vai usar. “É bem importante rever um pouco onde vai comprar, com o que vai presentear. Tem a questão de comprar do comércio local, comprar o artesanal… E fazer a ceia somente com a comida necessária, para evitar desperdícios.” Ela recomenda que as decorações das festas sejam feitas com objetos que as pessoas já possuem.
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