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INDÚSTRIA DO TABACO

Safra tende a começar mais cedo e com até 10% mais temporários

Foto: Giovane Luiz Weber/Divulgação/GS

O período inicial das contratações dos trabalhadores sazonais nas indústrias do tabaco deverá ser antecipado neste ano. Com a demanda reprimida dos últimos anos, por conta das restrições ao número de trabalhadores nas linhas de produção, impostas pela pandemia de Covid-19, a projeção para a safra 2022 na indústria revela que as contratações poderão estar concluídas até o mês de abril, antecipando em quase dois meses o processo.

A projeção é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Gualter Baptista Júnior. Segundo ele, a tendência é de que no mês de março, no qual o volume de contratados em 2020 foi de 40%, para este ano o percentual seja o dobro. “Em 2021, exatamente no período em que os trabalhadores sazonais seriam chamados, vivemos o pior momento da pandemia até aqui. Foram oito semanas em que as indústrias tiveram de trabalhar com número limitado de funcionários. Isso foi crucial para o desempenho do ano passado”, avalia o presidente.

Baptista Júnior explica que, como consequência, foi registrada queda de 9% no volume das contratações na safra em 2021. “Neste ano será diferente, pois a indústria precisa de rapidez. Por isso, haverá uma aceleração nos contratos, o que fará a safra ser antecipada.”

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A projeção do Stifa mostra que até o mês de fevereiro o volume de contratos deve alcançar a casa dos 50%. Em março, deve chegar a 80%; e em abril, as indústrias deverão atingir o pico das contratações, com 100% dos safreiros já atuando nas linhas de produção. “Com isso, podemos prever também que o período de contratações encerrará mais cedo, por volta do mês de agosto, diferente do que ocorreu no ano passado, que foi estendido até novembro.”

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Aumento na mão de obra

Além de iniciar mais cedo, a projeção de safreiros para a temporada 2022 revela que a quantidade de mão de obra deverá crescer, para se igualar ao período pré-pandemia. Conforme o presidente do Stifa, a tendência é de que o aumento fique na casa dos 8% aos 10%. “Será uma safra mais curta, quando comparada com a passada, porém com um fluxo maior de mão de obra. Acreditamos que deverá ser uma retomada dos empregos temporários, pois a indústria está com uma demanda reprimida para contratações”, acrescenta o presidente Gualter Baptista Júnior.

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Gualter: a tendência é de aceleração nos contratos, pois a indústria precisa de rapidez. | Foto: Luísa Pretzel/Divulgação/GS

O atendimento no Stifa está em recesso, por causa das férias coletivas. No entanto, o sindicato retorna com o atendimento presencial no próximo dia 20, das 7h30 às 11h20 e das 13h30 às 17 horas, de segunda a quinta-feira. Às sextas-feiras, o horário de fechamento é às 16 horas.

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