Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

ESTIMATIVA

Safra gaúcha de verão terá quebra de 41,1%

Foto: Rafaelly Machado

No caso da soja, a principal cultura do Estado, a redução chega a 52% na produção e na produtividade, em relação ao projetado

A safra gaúcha de verão terá uma quebra de 41,1% em razão da estiagem. Na soma de soja, milho, arroz e feijão, a colheita será de 19,56 milhões de toneladas. Serão 14,1 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo 2020/2021. A estimativa final foi apresentada pela Emater/RS-Ascar durante a 22ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, nessa terça-feira, 8. Na comparação com a estimativa inicial, a diferença chega a 41,9%.

Será a pior colheita desde 2012. Os números iniciais projetados pela instituição indicavam produção de 33,69 milhões de toneladas de grãos no Estado. A falta de chuva, porém, derrubou a estimativa para 19,56 milhões de toneladas. Na safra passada, foram colhidos 33,2 milhões de toneladas. Na soja, a principal cultura do Estado, a quebra é de 52%, tanto na produção quanto na produtividade em relação à primeira estimativa desta safra, com 25 sacas por hectare. O normal seriam 53 sacas por hectare.

LEIA MAIS: Feijão perde espaço nas lavouras e produtores investem em outros cultivos

Publicidade

No milho, a estimativa final da Emater aponta queda de 55,1% na produção em relação à projeção inicial desta safra. Na comparação com a colheita anterior (2020/2021), a quebra é de 37,5%. O milho silagem, importante para a alimentação dos animais, com produção 57,8% menor ante a primeira estimativa, terá uma qualidade do grão inferior ao de safras passadas. No arroz, os efeitos da escassez hídrica são menores. A produção e a produtividade ficaram 4% inferiores aos dados iniciais projetados. Na comparação com o ciclo anterior, a quebra é de 13,1%.

Acompanharam a apresentação dos dados deputados; prefeitos; o presidente da Emater, Edmilson Pedro Pelizari; o presidente da Cotrijal, Nei Mânica; e a secretária de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. Chamando a atenção para o olhar que o Estado tem dado à estiagem, com visitas aos produtores atingidos e o encaminhamento de perfuração de poços e construção de açudes, Silvana repetiu o chamamento de Mânica, na abertura da Expodireto, e salientou que Brasília precisa dar respostas ao Rio Grande do Sul. “Precisamos negociar dívidas do nosso produtor e para isso precisamos de respostas do governo federal”, disse a secretária.

Tamanho das perdas varia conforme cada região gaúcha

Durante a apresentação dos dados, o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri, afirmou que a situação da estiagem e os seus efeitos negativos são muito variados. E os números divulgados pela instituição, que se referem aos dados repassados pelos municípios na segunda quinzena de fevereiro, objetivam estabelecer o cenário daquele momento, com as perdas já consolidadas. “A Emater divulga médias estaduais e, em função disso, naturalmente elas poderão diferir muito dos números individuais de cada município ou de cada propriedade”.

Publicidade

Rugeri ainda explicou que a média leva em conta a produção total do Estado, desde áreas mais atingidas até áreas pouco atingidas pela estiagem, que afeta as diferentes culturas em função de diversos fatores, como cultivares, época de plantio, tipo de solo e pluviosidade. Todos são muito variáveis entre as regiões e mesmo dentro dos municípios.

LEIA MAIS: Estiagem e geadas impedem que safra de grãos seja recorde neste ano

Os valores apresentados sobre a soja e o milho são o resultado de uma amostragem em mais de 400 municípios, obtidos pela capilaridade no atendimento da instituição. “Nossos números são baseados no volume de informações coletadas em mais de 90% dos municípios que cultivam soja e milho”. Ele acrescentou ainda que a Emater já realizou mais de 3,8 mil laudos de Proagro.

Publicidade

Esses dados repassados pelos escritórios municipais são revisados e compilados pelas gerências Técnica (GET) e de Planejamento (GPL) junto às regionais. “A metodologia adotada pela nossa instituição tem sido utilizada há muitos anos e tem se mostrado muito assertiva, pois a estimativa inicial se baseia na média dos últimos dez anos da produção estadual e a estimativa parcial e final é sobre as perdas levantadas a campo durante o período da safra”, esclareceu.

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO PORTAL GAZ

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.