A safra gaúcha de grãos deve chegar a 40,18 milhões de toneladas. Esse volume representa uma alta de 45,7% em relação ao ciclo passado, quando foram produzidas 27,58 milhões de toneladas. Os números fazem parte do mais recente levantamento divulgado nessa terça-feira, 12, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o período 2023/2024.
Além do maior volume, a área plantada também cresceu. O Estado registra ainda uma estimativa de aumento de 0,6% na área plantada, chegando a 10,35 milhões de hectares. “A projeção da Companhia indica uma melhora na produção de todas as principais culturas do Rio Grande do Sul, com destaque para alimentos, como o arroz. Isso mostra a grande capacidade dos agricultores e a força da agricultura gaúcha, impulsionadas pela tecnologia no campo e por políticas públicas de incentivo à produção”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
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O Estado deve produzir 7,47 milhões de toneladas de arroz e 75,6 mil toneladas de feijão. As altas são de 7,7% e 6,9%, respectivamente. As áreas de plantio também têm projeção de aumento nesta safra, de 4,3% no arroz, chegando a 900 mil hectares; e de 1,9% no feijão, chegando a 48,5 mil hectares.
No caso da soja, são estimadas 21,89 milhões de toneladas, um incremento de 68,1% comparado ao ciclo passado. A área destinada ao plantio da leguminosa também aumentou, em 1,8%, passando para 6,67 milhões de hectares.
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Em relação ao milho, a Conab prevê alta de 40,3% na produção, chegando a 5,24 milhões de toneladas. A área ocupada com a cultura é de 831,5 mil hectares. Já a produção de trigo deve ser de 4,38 milhões de toneladas, 51,1% a mais do que no ciclo 2022/23. A área destinada ao plantio do cereal é de 1,40 milhão de hectares, uma queda de 6,5%.
Produção nacional será 7,6% menor, diz Conab
De acordo com a Conab, a produção brasileira de grãos deverá atingir 295,6 milhões de toneladas neste ciclo. O volume representa uma queda de 7,6% no resultado obtido no período anterior, ou seja, 24,2 milhões de toneladas a menos que serão colhidas. A queda é reflexo, principalmente, da redução em torno de 7,1% na produtividade média esperada, que sai de 4.072 quilos por hectare para 3.784 quilos por hectare.
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Desde o início desta safra até meados de dezembro, as condições climáticas foram variáveis e desfavoráveis nas regiões produtoras. Esse cenário de instabilidade provocou perdas significativas na produtividade das culturas, sobretudo na da soja, principal produto cultivado no período. A área ocupada também deve ser diminuída, mas em um percentual de aproximadamente 0,5%, projetada em 78,1 milhões de hectares.
Com uma colheita que atingiu 47,9% da área semeada no início de março, a soja pode registrar uma produção de 146,9 milhões de toneladas, redução de 5% sobre a safra anterior. De acordo com o documento, a queda verificada se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras. No entanto, em locais onde o grão foi semeado mais tardiamente, as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras.
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Mercado
Segundo a Conab, com o novo ajuste na produção de soja, as exportações também serão reduzidas em 1,83 milhão de toneladas, saindo de uma estimativa de 94,16 milhões para 92,33 milhões de toneladas. Diante desse cenário de quebra de safra, as projeções de importações foram aumentadas de 200 mil toneladas para 800 mil toneladas. Para o milho e arroz, as projeções ficaram praticamente estáveis.
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