A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) divulgou nesta segunda-feira, 5, os números finais da safra de tabaco 2021/2022. Foram produzidas 560 mil toneladas pelos fumicultores sul-brasileiros, divididas em 512 mil toneladas na variedade Virgínia, 41 mil no Burley e 5 mil toneladas no galpão comum. Os resultados são obtidos por meio de pesquisas realizadas junto aos produtores de tabaco, pelo Departamento de Pesquisa e Estatística da entidade.
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O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, faz uma análise comparativa entre as safras 2020/2021e 2021/2022: “Levando em consideração o Sul do Brasil, em termos de área, houve uma redução de 9,8%. Já a produção caiu de 628.489 toneladas para 560.181 toneladas, uma redução de 10,9%. Numa análise por estado na produção sul-brasileira, do Rio Grande do Sul foi de 247.334 toneladas, com uma participação de 44,2%; os fumicultores catarinenses produziram 171.805 toneladas, com participação de 30,7%; e no Paraná, 141.042 toneladas, com uma participação de 25,1%. Na produtividade nesta safra, comparada com a safra passada, houve uma redução de 5,8% no Rio Grande do Sul, Santa Catarina teve aumento de 4,1% e no Paraná, de 1,3%”, detalhou.
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O preço médio praticado na safra 2020/2021, sul-brasileiro, foi de R$ 10,54, enquanto na 2021/2022, foi de R$ 17,02 – representando uma variação de 61,5%. No preço médio praticado por estado, o Rio Grande do Sul teve valor de R$ 17,26; Santa Catarina, R$ 17,19; e Paraná, R$ 16,41.
Analisando o histórico da comercialização, Werner lembra que, desde a safra 2010/2011, não se teve uma variação de preços praticados nos valores e percentuais como da safra 2020/2021 para 2021/2022. “Analisando o tipo Virgínia, tivemos em março um preço médio de R$ 18,43, e a comercialização dos últimos lotes, no mês de julho, foi de R$ 14,12. Olhando o pico mais alto para o de final de safra, houve uma queda de 23,4%. O Burley, que em março teve seu pico mais alto em R$ 16,38 e na finalização da safra, em maio, R$ 15,04, com uma variação de 8,2%. Os preços mais altos praticados no Virgínia nos meses de março, abril e maio ocorreram pela preocupação com o volume de safra e com a necessidade, por parte das empresas, de atender o seu volume de exportação”.
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Já a receita bruta do tabaco (valor recebido pelos produtores), no Sul do Brasil, em 2020/2021 foi de R$ 6.623.443.364,00 e em 21/22, R$ 9.536.432.060,00. “Tivemos, portanto, um aumento de 44% na receita bruta. Importante esclarecer que, em termos de valores brutos finais, o percentual de aumento é menor com relação ao percentual dos preços por quilo praticados, pois a produção sul-brasileira foi de 10,9% a menos, comparativamente. Neste total, em 2021/2022, o Rio Grande do Sul participou com R$ 4.268.370.020,00, o que representa 44,8% do Sul do Brasil. Santa Catarina obteve uma receita bruta de R$ 2.954.039.330,00, representando 31%. No Paraná, a receita bruta chegou a R$ 2.314.022.710,00, representando 24,3%”, finalizou Werner.
A estimativa de produção para a safra 2022/2023 será finalizada no fim do mês de outubro. A projeção de área sul-brasileira a ser plantada indica para um leve aumento.
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