Em breve, terão início as contratações de funcionários para as indústrias de tabaco nesta safra. Em Santa Cruz do Sul e região, estima-se que serão 13 mil vagas, o que representa um incremento de 8% em relação ao ano passado. Na manhã dessa segunda-feira, 23, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa) em Santa Cruz, Gualter Baptista Júnior, concedeu uma entrevista ao programa Estúdio Interativo, da Rádio Gazeta 107,9 FM, para falar sobre o assunto.
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De acordo com ele, as empresas começam a fazer as convocações logo que passam a receber o produto. “De uma forma geral, quando chega no final de janeiro, as empresas têm em média 10% de sua demanda contratada. Quando chega fevereiro, esse número vai a 25%, e em março e abril, fica em torno de 60% a 80%”, explicou. Contudo, o presidente acredita que pode acontecer uma aceleração. “Podemos ter 20% contratado em janeiro, 40% em fevereiro e 80% em março”, acrescentou.
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Para Gualter, a expectativa é de que seja uma safra de normalidade em relação à mão de obra. “As empresas estão reajustando a sua capacidade de recebimento e a logística de contratação. Entendemos que não há motivo ou empecilho que dificulte a chamada dos colaboradores.”
Além do aumento no número de postos de trabalho no decorrer de 2023, o presidente do Stifa acredita que o tempo de duração pode ser estendido. “Isso traz um grande alento, pois são mais trabalhadores sendo contratados, mais tempo dentro das empresas. O Brasil é um país que não pode perder esse foco da sua capacidade de entregar volume e tabaco de qualidade a preço competitivo no mercado internacional”, disse.
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Gualter enfatizou as diferenças entre as empresas do setor, em tamanho e volume, para analisar qual será esse tempo a mais no período dos contratos. “Impacta diretamente a questão da durabilidade da safra, mas, de modo geral, já recebi de algumas empresas que a safra se estenderia até outubro. Ano passado essas empresas quiseram finalizar em agosto, estamos falando de 30 a 60 dias a mais de contratação, o que é significativo. Mas, claro, sempre guardando o respectivo tamanho e volume que cada empresa compra e processa”, observou.
Perdas que geram preocupação
Gualter Baptista Júnior destacou que, em anos considerados muito bons, as contratações no período de safra em Santa Cruz e região chegaram a 20 mil pessoas, o que representa queda de 40% em comparação ao último ciclo contabilizado. Para o presidente do Stifa, esse deveria ser um ponto de preocupação das entidades envolvidas.
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“Fala-se muito desinformadamente sobre a questão do tabaco, não é uma apologia para que as pessoas consumam, mas o tabaco serve para diversas finalidades e principalmente para exportação. O fato é que temos na nossa região uma aptidão cultural para a produção e o mundo está demandando. O que aconteceu é que, ao longo do tempo, perdemos mercado. E quem sofreu com isso foram as famílias de agricultores”, avaliou Baptista.
Ele completou que as perdas, nos últimos anos, foram significativas para toda a cadeia produtiva. “Quem perdeu foi o País, que deixou de arrecadar, de recolher impostos, de criar postos de trabalho. Essa é uma atividade legal, que gera emprego, renda, sustentabilidade”, ressaltou o presidente do Stifa. Colaborou Ronaldo Falkenback
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