A produção sul-brasileira de tabaco da safra 2022/2023 chegou a 605.703 toneladas. Os números foram finalizados esta semana pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e são obtidos por meio de pesquisas realizadas durante a safra junto aos produtores de tabaco. A variedade Virgínia chegou a 551.586 toneladas; o Burley, 46.469; e o Galpão Comum, 7.649 toneladas.
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O presidente da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher, lembra que, em novembro de 2022, a entidade divulgou uma estimativa inicial de que a safra sul-brasileira poderia atingir 604.732 toneladas. “Quando divulgamos essa estimativa inicial, o cálculo é realizado usando o número de pés inscritos no Sistema Mutualista, por tipo de tabaco, somando-se o número de pés dos produtores que não estão inscritos no Sistema, mais um percentual de produtores que plantaram a mais ou a menos que o inscrito. Estes três fatores nos dão certeza sobre a área plantada. Volume de produção e produtividade, como os produtores rurais sabem, dependem do clima e tratos culturais utilizados. E isso ficou bem demonstrado nessa safra, onde houve períodos que se acreditava numa quebra de safra e, se ocorreu foi bem pontualmente, em regiões específicas, pois, na grande maioria das regiões produtoras ocorreu uma boa produtividade e a estimativa de produção se confirmou, inclusive com um pequeno acréscimo”, enfatiza Drescher.
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Drescher faz uma análise comparativa entre as safras 2021/2022 e 2022/2023. “Levando em consideração o Sul do Brasil, em termos de área, houve um aumento de 6,1%, ou seja, 246.590 ha na 2021/2022 para 261.740 ha. A produção aumentou de 560.181 toneladas para 605.703 toneladas, um aumento de 8,1%. Numa análise por estado na produção sul-brasileira, do Rio Grande do Sul foi de 256.947 toneladas, com uma participação de 42,4%; os fumicultores catarinenses produziram 192.235 toneladas, com participação de 31,7%; e no Paraná, 156.522 toneladas, com uma participação de 25,8%. Na produtividade nesta safra, comparada com a safra passada, houve um aumento de 0,7% no Rio Grande do Sul; Santa Catarina teve aumento de 1,5% e no Paraná, de 3,7%.”
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O preço médio praticado na safra 2021/2022, sul-brasileiro, foi de R$ 17,02 e na 2022/2023 R$ 18,12, uma variação de 6,5%. O preço médio praticado por estado, temos, no Rio Grande do Sul, R$ 18,03; em Santa Catarina R$ 18,45; e no Paraná R$ 17,88. “Novamente, nessa safra, tivemos uma melhora no preço praticado, a partir de maio, apesar do volume de tabaco disponível. Um dos fatores é que houve uma queda na produção na Índia, o que fez com que o mercado internacional se voltasse para o Brasil”, explica Drescher, ressaltando que isso não pode ser considerado motivo para um aumento no plantio. “Temos que levar em consideração que, se não houver quebra de safra em outros países produtores, nosso produto pode não ser valorizado”.
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Já a receita bruta do tabaco, valor recebido pelos produtores, no Sul do Brasil, em 2021/2022 foi de R$ 9.536.432.060,00. E em 2022/2023, R$ 10.977.929.575,49. “Tivemos, portanto, um aumento de 15,1% na receita bruta. Neste total, em 2022/2023, o Rio Grande do Sul participou com R$ 4.632.146.279,32, o que representa 42,2% do Sul do Brasil. Santa Catarina obteve uma receita bruta de R$ 3.546.840.971,69, representando 32,3%. No Paraná, a receita bruta chegou a R$ 2.798.942.324,48, representando 25,5%”.
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SAFRA 2023/2024
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A estimativa de produção para a safra 2023/2024 será finalizada no fim do mês de outubro. A projeção de área sul-brasileira a ser plantada, indica para um leve aumento. “Em nossas visitas à associados temos recebido informações de aumento de área e de pés de tabaco. Isso é temeroso, pois pode haver um aumento muito grande na produção brasileira, o que pode implicar numa menor lucratividade para o produtor. Menos é mais; é importante adequarmos a produção à demanda”, finaliza o presidente.
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