“Quando me for para as paragens de meu Deus,
não quero briga pelas coisas que deixei,
joguem minhas cinzas pelas plagas onde andei.
Não quero flores nem velórios nem tristezas,
chamem meus filhos para estarem junto a mim
para que me amparem nessa estrada de incertezas
e me acalentem no princípio do meu fim.
Que meus acertos permaneçam na lembrança,
e por amor sejam as falhas esquecidas,
que meus exemplos sejam ventos de esperança
soprando sonhos pelos mares desta vida
e quanto a mim enforquilhado na minh’alma
irei vagar onde não pude e sempre quis,
entre carquejas e trevais da minha terra
sem mais o tempo a me impedir de ser feliz”
(Essa canção é letra e música de Ruy Armando Gessinger e Nenito Sarturi.
Está no CD “Santiago baita chão”).
Houve uma época em que estava muito entusiasmado com a música. Participava de Califórnias e de outros festivais em várias cidades. Várias músicas e letras minhas tiveram acesso aos CDs, conquanto nunca tenha conseguido uma premiação. Sempre me conformei e não reclamei. Figurar num CD já me alegrava.
Fiz parceria, tanto de letra como de música, com vários amigos, salientando-se com Nenito Sarturi.
Com o tempo cansei. Tenho dois CDs gravados os quais estão esgotados. Mas os tenho a todos, mesmo as músicas que até hoje não foram gravadas.
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Essa letra, “Testamento”, foi fruto de minha preocupação com o que haveria com meus filhos, já que eram de mães diferentes.
Graças a Maristela, com quem estou, sem brigar jamais, há mais de 30 anos, ingressei na vida telúrica e campesina.
Nessa canção, Nenito se superou porque ele também tinha filhos de mais de uma mãe.
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Portanto, como já não frito em pouca banha, procurei ajeitar tudo para que, quando eu me for, não haja dúvida de nada.
Modalidade de enterro, local, ausência de exposição. As cinzas vão para quatro locais diferentes, onde fui muito feliz. Naturalmente Santa Cruz está nessa lista.
Estou com plena saúde, tenho várias testemunhas disso, pratico ginástica, caminhadas e tênis (podem pergundar ao Haas e ao Dummer). Nunca passa um dia sem me movimentar.
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Remédio contínuo só tenho um, por enquanto: uma ou duas taças de vinho tinto e nos fins de semana uma champs brut, não muito cara.
Por sinal, sou dos vinhos tintos simples. Há mais de 20 anos deixei de tomar cerveja e com isso voltei ao peso normal. Nada de refrigerante. Só suco ou água.
Aos poucos vou mostrando para meus queridos leitores minhas outras músicas. Todas temáticas.
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