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Rússia, um mundo à parte

Então, não sei porque eu queria ir para a Rússia. Eu achava que ia ser diferente de todos os outros países que eu já tinha visitado. E foi! A começar pelo cirílico, alfabeto russo com caracteres totalmente diferentes ao nosso. Literalmente tipo grego, porque de fato o alfabeto grego deu origem ao cirílico. Eu decorava a parte final dos nomes/lugares que queria visitar para me orientar. A maior parte do tempo este truque funcionou, mas às vezes me ferrava, porque a parte final era igual e a parte inicial diferente, risos.

Foi o país mais difícil de viajar até agora, principalmente porque os russos praticamente não falam inglês e eu não falo russo. Me frustrou não poder interagir mais com as pessoas e aprender mais sobre a sua cultura e costumes. Muitas vezes a minha interação era feita com o celular das pessoas, via Google Tradutor e outros aplicativos de tradução por voz. Também percebi que mesmo sabendo um pouco de inglês, eles têm medo de falar, interagir.

Como sou uma pessoa simpática chegava dizendo oiiii (hello) e eles me olhavam assustados, tipo assim para quem estás dando oiiii?! Acho que não é muito comum por lá cumprimentar as pessoas se não as conheces. Bem, talvez em outros lugares também não, mas o fato é que os russos são bem fechados mesmo. Por outro lado, se pedires ajuda, eles ajudam, de um jeito ou de outro. Uma mulher quase me levou até o supermercado onde eu queria chegar e uma outra menina super me ajudou a comprar meu bilhete de trem, essa parte achei bem bacana.

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Falando em pessoas ainda, os russos e russas são muito “fashion”. Caminhar pelas ruas de Moscou ou até mesmo de São Petersburgo te enche os olhos de beleza, parece que estás numa semana de moda, inclusive as crianças se vestem de forma estilosa, o que amei. Achei as russas muito bonitas e os russos nem tanto, mas esta é uma questão bastante pessoal, né?! Gosto não se discute.

Um fato que me chamou bastante atenção foi a quantidade de vodka que o pessoal toma por lá. Assim casual mesmo, no metrô, os senhores empinam as suas garrafinhas e a tomam como se fosse água. Depois ficam “passados” tentando interagir contigo. Então mulheres viajando sozinhas, mantenham distância! Também vi várias pessoas bêbadas pela rua, principalmente homens, que eram gentilmente convidados pelos policiais a deixar o local e irem para as suas casas. Enfim, a questão do alcoolismo por lá é bastante séria, embora conversando um pouco com os locais eles me explicaram que já foi bem pior e que as novas gerações já não estão bebendo tanto.

Achei super seguro viajar por lá. Em nenhum momento me senti vulnerável ou com medo, isso que viajei para cidades super pequenas, como Suzdal, de 10 mil habitantes e outras super grandes, de até 12 milhões de habitantes como Moscou. Eu fiz o chamado “Golden Ring” (Círculo Dourado), conjunto de cidades históricas situadas ao norte de Moscou, por minha própria conta e foi super tranquilo. Visitei Sergiyev Posad, Rostov, Yaroslavl, Suzdal e Vladimir. Achei importante visitar estás cidades porque assim conheci um pouco mais da Rússia de verdade, não apenas as cidades tão turísticas. Foi bacana ver e vivenciar cidadezinhas que parecem abandonadas, com um ar até meio macabro eu diria, mas com uma arquitetura super antiga e preciosa.

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Também gostei do pouco da comida local que provei, destacando a sopa de beterraba chamada “borsch”, os “dumplings” guiozas de porco e carne bem temperadas e os “blinis” panquecas de vários recheios, sendo os mais populares os de caviar e doces.

Do que eu mais gostei?! Da arquitetura, sem dúvida! As casas de madeira do século XI e XII me encantaram. As igrejas com cúpulas azuis, coloridas, douradas, verdes. Os diversos monastérios, antigos e nem tanto. Os rios e canais…valeram a pena todo o sacrifício!

Com certeza a Rússia foi um país para ficar na memória!

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Vai lá visitar e ver com os teus próprios olhos! Vai que dá!

Para acompanhar as minhas aventuras pelo mundo em tempo real segue o meu Instagram @mixi_por_el_mundo

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