A Rússia proibiu, a partir desta segunda-feira, 19, a importação de tabaco do Brasil e de mais quatro países. A decisão foi tomada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária. O departamento identificou, ano passado, 33 casos da mosca Megaselia scalaris em tabaco do Brasil e de países como a Índia, África do Sul, Tanzânia, Estados Unidos, Malawi e Bélgica. O inseto é considerado uma praga quarentenária na Rússia e nos demais países da União Econômica Eurasiática (UEE).

Em nota emitida à imprensa, Iro Schünke, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), diz ter ficado surpreso com a decisão da Rússia de proibir a importação de tabaco brasileiro por razões fitossanitárias. “Estamos em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para buscar uma solução o mais rápido possível, uma vez que estamos em fase de embarques”, salientou.

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No comunicado, ele ainda frisou que a Rússia é um importante comprador do tabaco brasileiro, destacando-se entre os dez maiores clientes do produto nos últimos anos. “Em 2020, a Rússia importou cerca de 22 mil toneladas, gerando divisas de 54 milhões de dólares. Até junho de 2021, o país russo embarcou 22 milhões de dólares e 12 mil toneladas.”

A decisão ocorreu pela identificação de uma praga. No entanto, Iro Schünke ressaltou que o Brasil é exemplo de qualidade no setor e esse foi um caso isolado. “O Brasil se destaca no cenário mundial pela qualidade e integridade do seu produto e é, por esse motivo, o maior exportador mundial de tabaco há quase 30 anos. Estamos confiantes de que se trata de um caso isolado e que, em breve, teremos uma resolução para a questão”, completou o presidente do SindiTabaco.

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