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Rússia afirma que não pretende derrubar governo da Ucrânia

Foto: State Emergency Service of Ukraine/Wikimedia Commons

A invasão russa à Ucrânia não tem entre seus objetivos derrubar o governo Volodmir Zelenski, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nessa quarta-feira, 9, dia em que a guerra completou duas semanas.

A fala destoa das declarações dadas no começo da guerra, declarada na madrugada de 24 de fevereiro pelo presidente Vladimir Putin com o objetivo de “combater o nazismo” na Ucrânia, em meio a acusações de que a gestão Zelenski tinha associações com grupos neonazistas. O presidente ucraniano vem afirmando desde o começo do conflito que é o “alvo número 1” e que pode ser morto a qualquer momento.

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Na segunda-feira, 7, um porta-voz do governo listou à agência de notícias Reuters condições para o fim da guerra, que não incluíam a queda de Zelenski. Segundo ele, a operação almeja que a Ucrânia se renda militarmente; mude sua Constituição para garantir que nunca irá aderir à Otan (aliança militar ocidental) ou à União Europeia; e reconheça a Crimeia anexada em 2014 como russa e as regiões separatistas do Donbass, no leste, como independentes.

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Zakharova defendeu nesSa quarta que a guerra tem saído conforme o planejado, contrariando analistas que apontam que os russos têm enfrentado uma dificuldade maior do que o previsto a princípio. O 14º dia de guerra começou com a promessa de um novo cessar-fogo temporário para permitir a saída de civis por corredores humanitários. As outras tréguas anunciadas até aqui não foram respeitadas, deixando centenas de milhares de pessoas presas em cidades sitiadas, sem acesso a água potável e medicamentos.

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A Rússia prometeu respeitar uma trégua das 9 às 21 horas do horário local (4 às 16 horas no horário de Brasília) dessa quarta-feira. Nesta manhã, a vice-primeira-ministra ucraniana Irina Vereshchuk afirmou que os dois lados do conflito concordaram em respeitar o cessar-fogo.

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O anúncio de trégua dessa quarta foi semelhante ao de terça, 8, que prometia a fuga segura pelas cidades de Kiev, Kharkiv, Chernihiv, Sumi e Mariupol. Até agora, no entanto, apenas um corredor funcionou de fato, saindo de Sumi, na terça, quando cerca de 5 mil pessoas deixaram a cidade.

A situação é tensa sobretudo em Mariupol, cidade portuária ao sul totalmente cercada por tropas russas há mais de uma semana, onde a Cruz Vermelha descreve a situação dos civis como “apocalíptica”. Moradores se abrigam nos subsolos para se protegerem dos bombardeios constantes, sem acesso a comida, água, energia ou aquecimento, e sem poder retirar os feridos.

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Um cessar-fogo na região já havia falhado no sábado. O governo ucraniano disse que 30 ônibus e oito caminhões de suprimentos foram bombardeados pela Rússia na terça-feira, violando o cessar-fogo, e não conseguiram chegar à região. Moscou culpou Kiev por não deter o fogo. Nas duas maiores cidades da Ucrânia, Kiev e Kharkiv, a oferta de corredores humanitários do governo russo forçaria os civis a irem para a própria Rússia ou sua aliada Belarus, propostas rejeitadas pelo governo ucraniano.

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Mais de 2 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde que o presidente Vladimir Putin invadiu o país há duas semanas. A guerra rapidamente lançou a Rússia em um isolamento econômico nunca antes visto em uma economia desse porte. Os Estados Unidos proibiram as importações de petróleo russo.

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