A marcha nupcial voltará a ser ouvida com mais frequência neste 2022. Com o avanço na vacinação contra a Covid-19 e a consequente flexibilização das regras para a realização de eventos, os casamentos estão de volta. É isso que mostram as estatísticas do Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne informações de 7.654 cartórios de registro civil do Brasil. Entre janeiro e o começo desta semana, 10.081 registros foram emitidos no Rio Grande do Sul. Em 2021, no mesmo período, 9.647 casais haviam oficializado suas uniões.
E Santa Cruz do Sul tem acompanhado esse movimento. Até agora, foram 104 matrimônios ante 108 de 2021. Apesar da pequena diferença para menos, o quadro indica uma estabilidade. Para quem atua no ramo, porém, as projeções são de crescimento nos próximos meses. O otimismo vem acompanhado da demanda por agendamentos junto a cerimonialistas, casas de festas e fornecedores de produtos e serviços para a realização dos eventos.
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O motivo para isso é a existência do que pode ser chamada de “demanda represada”, uma vez que muitos casais precisaram adiar os planos durante o período mais crítico da pandemia. Soma-se ainda o ritmo natural das celebrações civis. Até 2019, antes da crise sanitária, nos primeiros quatro meses do ano, 11.515 gaúchos casaram – 123 deles em Santa Cruz do Sul. Agora, com a possibilidade de realização de cerimônias nos formatos tradicionais, o cenário é promissor.
Há de se considerar, porém, que nem todos os que oficializam as uniões organizam grandes festas. No entanto, profissionais da área têm sentido que há um maior desejo por comemorações, sejam elas maiores ou não. Essa tendência vem sendo verificada desde dezembro, que costuma ser um mês de alta demanda por parte dos noivos. Mas também coincide com o período em que ocorreram as flexibilizações em torno da pandemia. “Após a redução no número de matrimônios, percebemos que agora os casais vêm retomando essa busca nos cartórios para realizar o sonho de se casar. Mesmo com todas as medidas sanitárias sendo respeitadas desde o início, o avanço na vacinação e a diminuição das mortes em decorrência da Covid-19 contribuíram para essa decisão”, ressalta Sidnei Hofer Birmann, presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen/RS).
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