Considerando o período da pandemia de 15 de março de 2020 a 31 de julho de 2021, o Rio Grande do Sul apresenta o segundo menor excesso proporcional de óbitos do país. Apresentado nessa quarta-feira, 25, o levantamento do Gabinete de Crise, a partir de dados obtidos em parceria com a Vital Strategies e a Impulso sobre a diferença do número de mortes por causas naturais em comparação com as esperadas para o mesmo período, mostra que apenas Piauí tem menor excesso proporcional do que o RS.
Segundo os técnicos do Gabinete de Crise, o acompanhamento deste dado é fundamental, pois corrige possíveis diferenças entre os Estados para registrar um óbito por coronavírus ou por efeitos indiretos em outras causas naturais, além de contemplar a estrutura etária de cada Estado, uma vez que, normalmente, são esperados mais óbitos em Estados mais envelhecidos.
Considerando todos os Estados, o RS apresenta atualmente a 12ª maior taxa de mortalidade por Covid-19 por 100 mil habitantes. No entanto, apresenta apenas o segundo menor excesso proporcional de óbitos do país, tendo obtido percentual de 29,1% no período, menor do que a média nacional (39,3%).
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O RS permaneceu até novembro de 2020 entre os menores números. A partir de então, houve uma aceleração nos dados de óbitos e, posteriormente, um pico entre fevereiro e abril de 2021. A partir de meados de maio foi observado o início de um processo de redução de tendência.
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Outro dado importante destacado pela equipe é que o excesso de óbitos corrige as distorções oriundas dos formatos das pirâmides etárias, uma vez que é esperado mais óbitos em regiões com mais idosos, como é o caso do RS.
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Por exemplo, o Estado tem 5,4% da população nacional, porém, 7,3% da população com mais de 60 anos. Assim, seria esperado, nesse grupo etário, 7,3% dos excessos de óbitos no país caso se tivesse o mesmo desempenho nacional, mas, de forma positiva, o RS apresentou 5,2%. A faixa etária acima de 60 anos, inclusive, apresentou a redução mais acelerada nas últimas semanas consideradas no estudo, como provável efeito do avanço da campanha de vacinação sobre estas idades.
A metodologia de excesso de óbitos consiste em subtrair de um total de óbitos observado uma quantidade de óbitos estimada para obter uma quantidade de óbitos além do esperado para um período específico.
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Essa quantidade de óbitos que supera o que seria esperado é denominada de excesso de óbitos. Para tanto, se consideram todos os óbitos por causas naturais, não incluindo, portanto, os óbitos por causas externas.
Ao se relacionar a quantidade de óbitos em excesso com o total de óbitos esperados se tem o excesso proporcional de óbitos, uma medida do percentual de óbitos que superou o que já seria esperado para cada localidade, levando em consideração gênero e pirâmide etária.
Para produzir essa estimativa de óbitos, a Vital Strategies projeta, a partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Datasus de 2015 a 2019, um total de óbitos esperados para 2020 e 2021 para cada faixa etária. Os óbitos de 2020 e 2021 têm como fonte os dados do Portal da Transparência do Registro Civil.
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De posse desse número, se calcula o excesso de óbitos por semana epidemiológica, levando-se em consideração gênero, idade e localidade de óbito:
Excesso de óbitos = Óbitos observados – Óbitos esperados
• Clique aqui e acesse o levantamento completo sobre excesso de óbitos.
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