O aumento de roubos de cargas ocorridos nos últimos anos foi alvo de análise de uma Comissão de Segurança criada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e que integrou representantes das empresas associadas e órgãos de segurança pública, como a Brigada Militar e a Polícia Civil da região de Santa Cruz do Sul.
A análise das ocorrências demonstrou um aumento de 160% de roubos de cargas de tabaco cru em 2019, em comparação com o ano anterior. No total foram 47 ocorrências nos últimos três anos, sendo 57% ocorridas no Rio Grande do Sul. Com base nesses dados, a Comissão trabalhou no sentido de estabelecer um plano de ação para aplicação imediata”, comenta o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. O volume total envolvido nas ocorrências chegou a 555 toneladas de tabaco cru nos três anos, com valor estimado em R$ 5,3 milhões. As ocorrências foram registradas tanto na propriedade, como durante o transporte do produto entre produtor-empresa ou na transferência entre filiais.
Entre os principais objetivos do plano estão reduzir significativamente o número de ocorrências comparado a 2018 e prevenir a integridade física dos transportadores. Para isso, Policia Civil e Brigada Militar estarão atuando preventivamente nas áreas mais afetadas durante a safra de 2020.
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Além disso, o gerenciamento de risco foi tema do folder que será distribuído aos transportadores de tabaco e de insumos agrícolas do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. O material estabelece medidas preventivas para auxiliar os transportadores na prevenção e nos procedimentos do que fazer em casos de ocorrências de roubo de carga de tabaco e insumos agrícolas. Entre as dicas de prevenção de ocorrências estão:
– Assegurar que o veículo esteja devidamente abastecido para evitar paradas não programadas;
– Procurar usar postos 24 horas com estacionamento próprio, vigilância e sistema de câmeras de segurança para as paradas;
– Evitar a exposição da carga, deixando-a em local protegido e seguro;
– Sempre que possível deixar o veículo em local com boa iluminação;
– Manter disponíveis e acessíveis os contatos de emergência (Brigada Militar, Polícia Civil e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu));
– Evitar viajar à noite e não desviar da rota;
– Não dar carona a pessoas alheias à operação de transporte de tabaco, inclusive para familiares ou conhecidos;
– Não repassar informações a terceiros sobre a carga, rotas e os sistemas de segurança do veículo;
– Sempre que possível viajar em comboio com contato visual permanente, dificultando a ação dos assaltantes.
Se o motorista notar que está sendo seguido ou qualquer outra situação suspeita, ele deve procurar, o mais rápido possível, parar o veículo em um local movimentado e acionar a polícia. “Recomendamos altamente não reagir a qualquer tipo de abordagem dos assaltantes, evitando movimentos bruscos ou gestos que possam assustar ou irritar os assaltantes”, destaca Schünke.
Se necessário, o transportador deve acionar os contatos de emergência: 190 – Brigada Militar; 191 – Policia Rodoviária Federal; 192 – Samu; 193 – Bombeiros; 197 – Polícia Civil; e 198 – Polícia Rodoviária Estadual.
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