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Trânsito

Rótula da Melvin Jones pronta nesta semana

A nova rótula de entroncamento entre a RSC-287 e a Avenida Melvin Jones deve ser completamente liberada ainda esta semana. Conforme a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), as equipes estão finalizando o restante do pavimento e darão início ao serviço de sinalização, com pinturas de faixas e colocação de placas. A expectativa é de que a obra esteja concluída até o fim de semana.

A intervenção dará aos motoristas mais uma opção de acesso a Santa Cruz do Sul, via Bairro Jardim Europa, possibilitando desembocar na Rua Gaspar Silveira Martins, nos altos do Santo Inácio. Já o viaduto do Fritz e Frida, que garantirá uma ligação mais segura e rápida entre Linha Santa Cruz e o Acesso Grasel, está com a conclusão prevista para o fim de abril ou começo de maio. “Resta apenas finalizar a rampa que dá acesso ao viaduto, entre outros retoques finais”, garante o presidente da EGR, Nelson Lídio Nunes. 

O prazo de conclusão já foi revisto mais vezes, por causa da chuva e outros imprevistos. A última era dezembro. Nunes ressalta, porém, que 30 homens trabalham na obra de segunda a sábado. Falta agora executar os chamados muros de gavião, que seguram o aterro do viaduto, concretar o tabuleiro – sobre o qual passam os carros – e concluir os acabamentos finais, como pintura e plantio de grama. “Se não chover, acredito que levaremos entre 60 e 90 dias”, diz o presidente da EGR. 

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O clima entre os moradores de Linha Santa Cruz é de expectativa. Há anos que a comunidade luta pela obra. O  presidente da Associação de Moradores do Bairro Linha Santa Cruz (Amorlisc), Claudiomiro Flores, lembra que aderiu à mobilização há seis anos. Ao lado de moradores do bairro, participou de protestos, integrou reuniões e teve audiência para solicitar que o governador José Ivo Sartori não interrompesse os serviços no local.

Flores, que também é técnico em segurança no trânsito, acredita que o viaduto é imprescindível, dado o crescimento de Linha Santa Cruz. Segundo ele, estimativas indicam que a população do bairro – cerca de 5 mil pessoas – pode dobrar nos próximos quatro anos. “São 15 novos loteamentos em fase de finalização. Com toda essa expansão, é de extrema importância a conclusão do viaduto para facilitar a rotina de ir e vir dessas pessoas.”

Ele salienta, porém, que os habitantes de Linha Santa Cruz não serão os únicos a serem beneficiados. Lembra que motoristas de Boa Vista, São Martinho, Monte Alverne e Alto Paredão também passam por ali. “Estaremos livres dos engarrafamentos em horas de pico e o risco de acidentes vai diminuir consideravelmente”, avalia.

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Duplicação questionada

Acostumado a trafegar todos os dias entre o posto do Grupo Rodoviário e o acesso à Melvin Jones, onde é realizada a duplicação da RSC-287, o empresário Claiton Fernando Lopes estranha a demora na obra. “Já vi eles colocando e retirando a base para adicionar o piche mais de uma vez. Onde foi parar esse material? Por que tiraram?” Indignado, Lopes protocolou uma denúncia no Ministério Público. Conforme o engenheiro responsável pela obra, Fábio Medeiros, o material precisou ser retirado pois acabou sendo prejudicado pela chuva. “Tivemos que refazer, pois, com o tempo, aquele trecho poderia apresentar problemas.”

Os (muitos) prazos

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Desde o início da construção do viaduto, em janeiro de 2015, muitos foram os prazos prometidos pela EGR e empresas responsáveis pela obra. Paralisações de operários e contratempos com intempéries estiveram entre os motivos para tantos atrasos. 
Prazo original – dezembro de 2015. 
Fevereiro de 2016 – Anunciada a conclusão até fim de maio.
Abril de 2016 – Conclusão até o fim de julho.
Outubro de 2016 – Conclusão até o fim do ano.
Ontem – Conclusão até o fim de abril ou começo de maio.

Após tanto atraso, vêm as dúvidas

A frequente mudança no prazo de conclusão está entre os motivos que fazem muitos moradores de Linha Santa Cruz duvidarem da inauguração do viaduto entre abril e maio. O empresário Berti Metz, que trabalha na região há dez anos, é um deles. “Acredito que só em abril de 2018 será concluído. Não há efetivo suficiente para deixar a obra pronta em dois ou três meses.” 

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Ele acredita, porém, que o viaduto vai facilitar a rotina, principalmente de quem sai do Centro e segue para Linha Santa Cruz à tardinha. “Passando por ali depois das 18 horas, vejo que a fila de veículos parados chega até a imagem de São Cristóvão, nas curvas do Acesso Grasel.” Para Metz, o viaduto vai possibilitar a expansão de Linha Santa Cruz e de Linha João Alves, já que muitos moradores poderão pegar o trecho como caminho alternativo.

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