Regional

Rota mostra os primeiros passos do cooperativismo de crédito na América Latina

Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre a história do cooperativismo no Brasil e na América do Sul, a Sicredi Vale do Rio Pardo convidou profissionais da imprensa da região para conhecerem Linha Imperial, em Nova Petrópolis. A visita aconteceu na manhã desta quarta-feira, 22. A equipe da Gazeta do Sul acompanhou o passeio e a explanação do gestor executivo da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, Paulo César Soares. O município é considerado o berço do cooperativismo do Brasil.

Segundo o guia, o ponto focal da Rota turística é a comunidade de Linha Imperial. “É onde inicia o movimento do cooperativismo no Brasil, principalmente o cooperativismo de crédito, através do padre Theodor Amstad. Tanto o padre quanto o município, acabaram recebendo honrarias. O padre se torna o patrono do cooperativismo do Brasil por conta das várias ações que ele proporcionou e Nova Petrópolis, por conta do legado dele, se torna a capital nacional do cooperativismo. É um local onde as pessoas podem vir e presenciar o cooperativismo na essência”, observou.

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O passeio guiado por Soares teve início com uma palestra no saguão da Casa Cooperativa – que está sendo restaurada. Depois, houve passagem pelo túmulo do padre, que fica em frente à Igreja São Lourenço Mártir. No interior do templo, uma escultura do religioso junto às placas das cooperativas fundadas por ele no Rio Grande do Sul – entre elas Santa Cruz do Sul, Agudo e Sobradinho – evidenciam a importância do trabalho do sacerdote. Os visitantes também puderam ver a casa de Amstad, erguida ao lado da igreja, e também a estátua, situada na praça que também leva o nome dele. 

Monumento ao padre Amstad dentro da Igreja São Lourenço Mártir junto às placas das cooperativas fundadas

De acordo com Soares, o passeio pela Rota do Cooperativismo deve ser aberto novamente à comunidade no próximo ano, devido à restauração pela qual a Casa Cooperativa está passando. “Nosso sítio histórico é considerado patrimônio cultural, então neste período estamos fechados. De agora até o final do ano, não teremos visitação aberta. As pessoas podem vir a Nova Petrópolis, conhecer os marcos, mas não vai haver a visitação guiada. A partir do próximo ano, o memorial Padre Amstad vai estar aberto e a visita é realizada pela Casa Cooperativa. Então, se houver interesse, a partir do próximo ano é só entrar no site se inscrever e então a gente faz o acompanhamento”, explicou. 

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Reportagem especial do final de semana

Na edição da Gazeta do Sul deste final de semana, o leitor poderá conferir uma reportagem especial sobre a visitação realizada nesta quarta-feira, 22. A matéria fará uma explanação mais ampla sobre a história do padre Amstad e do cooperativismo no Estado.

A história

O Padre Theodor Amstad desembarcou no Brasil em 1885, aos 34 anos. Nascido na Suíça, trouxe na bagagem o envolvimento com o associativismo e a juventude em meio às transformações sociais ocorridas na Europa do século 19, como o surgimento do cooperativismo. O jesuíta, designado a atuar como sacerdote no Rio Grande do Sul, realizava peregrinações sempre montado em uma mula chamada Diana. Nessas ocasiões, conheceu a realidade dos pequenos agricultores familiares que necessitavam de organização financeira.

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Acreditando que a solução para o desenvolvimento econômico-social estaria no cooperativismo, passou a falar sobre o tema. Em 1902, o padre e mais 19 agricultores familiares da Linha Imperial, em Nova Petrópolis, fundaram a primeira cooperativa de crédito no Brasil, a atual Sicredi Pioneira RS. Após, outras foram se formando. Depois de um acidente de mula, Amstad se recolheu em São Leopoldo, mas continuou acompanhando as organizações à distância. O religioso morreu em 1938.

Em dezembro de 2019, Amstad foi oficialmente reconhecido como Patrono do Cooperativismo no Brasil. A história dele é preservada na comunidade Linha Imperial, onde fica o túmulo, um monumento em homenagem e o Memorial Padre Amstad, instalado no prédio histórico da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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